BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Banco Central autorizou um aumento de R$ 1 bilhão no capital do Banco Master, de R$ 3,763 bilhões para R$ 4,763 bilhões. A aprovação feita pelo departamento de Organização do Sistema Financeiro foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (4).
Em junho, o BC já tinha autorizado a elevação de capital do banco de Daniel Vorcaro em montante equivalente, de R$ 2,761 bilhões para R$ 3,763 bilhões.
A injeção de R$ 2 bilhões de capital foi uma das exigências feitas para a aquisição do Master pelo BRB (Banco de Brasília), ainda em análise pelo BC. Em maio, Vorcaro fechou com o BTG Pactual, de André Esteves, a venda de ativos no valor de cerca de R$ 1,5 bilhão.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do banco Master, estiveram com a diretoria do BC, no fim de julho, para avançar nas tratativas da operação de compra do banco privado. No encontro, os diretores do BC fizeram novas exigências técnicas para ambas as instituições e solicitaram a atualização de documentos.
Os membros do BC buscaram sanar dúvidas sobre a documentação entregue à autoridade monetária. No início do mês passado, Galípolo disse que BRB e Master ainda estavam definindo o escopo da operação. Na prática, o perímetro define o tamanho do Master que o BRB pretende comprar.
A última proposta do BRB feita ao Banco Central prevê a compra de um terço do Master. Ela envolve a aquisição de R$ 25 bilhões em ativos, cerca de metade do plano anunciado inicialmente pelo Banco de Brasília ao mercado financeiro.
Com a definição da fatia do Master a ser comprada pelo BRB, sobe para cerca de R$ 48 bilhões o conjunto de ativos remanescentes que não seriam adquiridos pelo banco do governo do Distrito Federal.
No anúncio da operação, em março, os ativos que não ficariam com BRB eram de cerca de R$ 23 bilhões. Posteriormente, o valor foi recalculado para R$ 33 bilhões e, agora, subiu para R$ 48 bilhões. Apesar da redução do perímetro, o percentual de 58% de ações que o BRB está comprando do Master não muda.
A aquisição do Master pelo BRB foi anunciada em 28 de março. A operação provocou discussões entre o BC e os principais bancos do país e despertou preocupação entre parlamentares do Distrito Federal.
Em junho, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a compra de uma fatia do Banco Master pelo BRB. A operação depende agora do aval do Banco Central.