SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um grupo formado por 15 criminosos invadiu um prédio residencial em Moema, zona sul de São Paulo, e roubou moradores na noite de sábado (2).

Eles acessaram um primeiro portão do imóvel, na alameda dos Anapurus, usando um dispositivo cadastrado no nome de um dos condôminos. A segunda cancela foi aberta pelo porteiro.

Depois de entrarem, eles renderam o funcionário que estava na portaria e, em seguida, foram até a sala de máquinas, onde danificaram os HDs que armazenavam as filmagens de câmeras de segurança.

O grupo permaneceu na garagem e abordou os moradores assim que chegavam da rua.

Os moradores então eram obrigados a subir até os apartamentos.

Os criminosos ameaçaram as vítimas dizendo que haviam outros comparsas armados do lado de fora. Os moradores contaram para os policiais que os criminosos estavam preparados, pois se comunicavam entre si por meio de rádios e tablets.

Eles ficaram no edifício por mais de uma hora. Durante a ação, beberam café, fumaram cigarros e pareciam tranquilos, conforme os relatos em boletim de ocorrência.

Os criminosos também teriam dito fazer parte do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que tinham fuzis nos carros utilizados por eles.

Uma moradora relatou aos policiais que estava em casa com o marido, quando o filho, que havia descido para pegar um carro por aplicativo, voltou. Ele estava acompanhado por cinco homens com máscaras. Três deles estavam armados. Todos utilizavam luvas.

A mulher relatou ter entregue 20 relógios, avaliados em cerca de R$ 40 mil. Dentro de um cofre estavam cerca de US$ 300 (R$ 1,653), 700 euros (R$ 4.459), R$ 1.200, um talão de cheques, R$ 200 mil em joias e uma barra de ouro de cerca de 200 g. Tudo foi levado.

Os ladrões tiraram os moradores do imóvel e os mantiveram na escada do prédio. Lá, exigiram transferências via Pix, o que não se concretizou porque a mulher passou mal. Os três celulares das vítimas também foram roubados.

Uma outra vítima afirmou para os investigadores ter entregado R$ 50 mil, além de cheque, um relógio, um capacete de motocicleta e um telefone celular.

Um outro morador teve um console PlayStation 5 roubado. Um Fiat Argo de outro morador foi usado na fuga.

Em seu depoimento, o porteiro rendido disse que os assaltantes afirmavam que não iam machucar

ninguém, nem roubar celulares ou dinheiro dos porteiros, pois eles eram trabalhadores, mas mesmo assim ele teve o capacete furtado.

Policiais militares que atenderam a ocorrência rastrearam alguns aparelhos. O endereço apontou para um trecho da avenida Interlagos, também na zona sul, onde foi localizada uma sacola. Dentro dela estavam nove celulares e uma luva.

O caso foi registrado como roubo no 27° DP (Campo Belo).