SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu neste domingo (3), aos 94 anos, Habuba Farah, conhecida por seus trabalhos voltados ao abstracionismo geométrico. A morte aconteceu por causas naturais. A informação foi confirmada pelas galerias Gomide & Co e MaPa, que representavam a artista.

Farah nasceu em Getulina, interior de São Paulo, em 1931. Filha de imigrantes libaneses, ela estudou para ser professora de geografia, mas acabou se dedicando às artes plásticas. Esse processo começou na década de 1950, quando ela se matriculou na Associação Paulista de Belas Artes.

Nesse período inicial, teve aula com nomes como Samson Flexor e Mario Zanini. A partir de 1958, Farah deu início aos estudos cromáticos, algo que iria permear o seu fazer artístico nos anos posteriores. Um de seus projetos mais conhecidos ligados à investigação cromática é “Neutros da Teoria da Cor”.

Nesse trabalho, ela concebeu diferentes tons de cinza por meio da experimentação com cores primárias, secundárias e do acréscimo de tinta branca aos tons de cinza.

Já na série “Abstracionismos-Geométricos- Líricos”, ela dá ênfase à gradação de tons e semitons. Em 1963 e 1965, teve obras expostas na Bienal de São Paulo.

A partir da década de 1970, seu trabalho ganha ainda mais reconhecimento. Em 1975, passou a fazer parte da Associação Paulista de Belas Artes e expôs em diferentes galerias da Itália. As obras de Farah fazem parte do acervo de instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo ( MAM) e o Museu de Arte de São Paulo ( MASP).