SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Marta, 39, tem larga experiência no futebol, mas jamais tinha vivido uma jornada como a de sábado (2), no estádio Casa Blanca, em Quito, no Equador.
Acionada aos 36 minutos do segundo tempo da final da Copa América, a veterana craque do Brasil viu a Colômbia passar à frente no marcador aos 43. Aos 51, no último minuto dos acréscimos, marcou um belo gol para forçar a prorrogação, na qual voltou a balançar a rede, em lance de sorte. Mas as adversárias buscaram o empate por 4 a 4 e levaram a decisão aos pênaltis.
O roteiro parecia desenhado para a alagoana definir o desempate, na quinta rodada da série de finalizações da marca penal, porém ela executou muito mal seu tiro, parando na goleira Tapia. Perturbada, acompanhou do centro do campo o término da disputa, com uma defesa de Lorena no chute de Carabalí.
O Brasil venceu a disputa de pênaltis por 5 a 4 e conquistou a Copa América. Marta foi eleita a melhor jogadora da competição.
“Eu estava ali pedindo a Deus que não me castigasse tanto. Porque, depois de entrar no jogo como estava, ser agraciada com o gol do empate, depois fazer mais um gol… Aí a gente acabou dando um vacilo, elas empataram”, afirmou a camisa 10, que não pegou bem na bola que poderia ter encerrado o campeonato um pouquinho antes do que ele terminou.
“Eu voltei depois da cobrança de pênalti muito abalada. Mas eu conto com essas meninas, que não me deixaram ficar ainda mais abalada, sempre acreditando que a gente conseguiria, que a Lorena pegaria os pênaltis”, acrescentou, aliviada. “O nosso objetivo maior, sem dúvida, é ver o futebol brasileiro e o sul-americano brilhando cada vez mais.”