PARATY, RJ (FOLHAPRESS) – A Flip registrou até este sábado (2) a presença de 34 mil pessoas pelas ruas de Paraty, um aumento de 15% em comparação à última edição. As vendas de livros também vêm superando a da festa passada, mas o balanço final será divulgado pela organização após o encerramento, no domingo (3).

O crescimento acontece na primeira festa que retorna a seu período original, no inverno entre julho em agosto, desde 2019. A Festa Literária Internacional de Paraty ocupava tradicionalmente esse momento do ano desde sua criação.

Depois de dois anos virtuais pela pandemia em 2020 e 2021, a Flip teve problemas para se reorganizar e voltar ao meio do ano. Em 2022 e 2023, aconteceu em novembro e, no ano passado, em outubro.

O momento de agora é mais atrativo para turistas por causa das férias escolares, que facilita a vida de alunos, pais e professores. O comércio local também o prefere por movimentar a cidade litorânea do Rio de Janeiro fora do verão.

Sempre foi intenção manifesta da Flip fazer esse movimento de retorno, que vinha sendo impossibilitado pela demora na captação de recursos financeiros –agora, um plano plurianual obtido junto à Lei Rouanet conseguiu deixar o planejamento mais organizado a longo prazo.

Quem passeia por Paraty sente a cidade cheia desde o primeiro dia, quarta-feira, o que não acontecia nos últimos anos, em que havia um contraste sensível entre os dias úteis e os finais de semana.

As mesas de debate têm lotado não só no auditório principal, mas na tenda do telão, gratuita e aberta ao público geral. Hoje localizada na praça principal entre a igreja da Matriz e uma viela cheia de bares, seus arredores têm ficado difíceis de transitar nos eventos mais populares, como os com Marina Silva, Ilan Pappe e Rosa Montero, que ocorre na noite deste sábado.

A Flip segue até este domingo em Paraty, quando termina sua programação com uma mesa entre os autores populares Sérgio Vaz e Luis Perequê pela manhã.