SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, afirmou neste sábado (02) que não tem relação próxima com o tio Gilberto Firmo, investigado por armazenamento de pornografia infantil.

Michelle disse que não tem convivência com o tio há mais de 18 anos. Em nota, afirmou ter recebido nesta sexta-feira (01) ”com indignação” a notícia da prisão dele. Neste fim de semana, ela cumpre agenda pelo PL Mulher no Pará.

Michelle falou que condena que seu nome seja atrelado a atos praticados por terceiros, sejam parentes ou não. ”Cada pessoa é responsável e deve responder, individualmente, por seus atos. Nisso consiste a individualização de condutas e penas previstas em nossa legislação.’

Segundo ela, a ”maior dor” é ser justamente por um crime a que se dedica combater. Além disso, afirmou que, apesar da ”tristeza”, deve continuar a orar pelo tio para que ele pague por seus delitos e ”abandone toda e qualquer prática ilícita e impura”.

“Considerado lastimável, revoltante e repugnante a conduta desse parente e, uma vez comprovadas essas acusações, entendo como necessário que ele receba, integralmente, o peso da Justiça”, disse Michelle Bolsonaro.

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JUSTIÇA DECIDIU SOLTAR GILBERTO

Gilberto, de 52 anos, tinha sido preso nesta sexta-feira (1º) em flagrante em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão devido a uma investigação sobre armazenamento de material de exploração sexual infantojuvenil na internet, informou a Polícia Civil de Goiás. A ação teve apoio da Polícia Civil do DF.

Durante audiência de custódia, no entanto, o Tribunal de Justiça do DF concedeu liberdade provisória ao homem. Ele deve deixar a carceragem da Polícia Civil ainda neste sábado (02), segundo informações do advogado dele, Samuel Magalhães, ao UOL.

Ele continuará respondendo ao processo com medidas cautelares. Conforme a defesa, ele será posto em liberdade sob a condição de comparecer a todos os atos dos processos, manter seu endereço atualizado e não deixar o Distrito Federal por mais de 30 dias sem se comunicar com a 2ª Vara Criminal de Ceilândia.

POLÍCIA ANALISA CELULAR DE GILBERTO

Centenas de arquivos digitais de abuso sexual infantil foram compartilhados na internet, segundo a investigação. As autoridades disseram que o mandado foi aceito pela Justiça devido à “robustez dos elementos colhidos” na apuração. Também foi aprovada a quebra telemática de aparelhos eletrônicos para auxiliar no aprofundamento das investigações.

Policiais civis dizem ter encontrado no celular de Gilberto diversas fotos e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes. Os arquivos estavam armazenados na memória do dispositivo do homem, que é surdo.

Celular de Gilberto foi apreendido e passará por análise pericial para subsidiar a investigação, segundo as autoridades. Não foi informado se outros equipamentos eletrônicos do homem foram apreendidos.