SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Donald Trump afirmou que conceder um indulto presidencial a Sean “P. Diddy” Combs se tornou mais difícil por causa de críticas feitas pelo rapper durante sua primeira passagem pela Casa Branca. A declaração do presidente dos Estados Unidos foi dada na noite de sexta-feira (1º), em entrevista ao canal conservador Newsmax.
“Quando me candidatei, ele foi muito hostil”, disse Trump sobre Diddy. “É difícil, sabe? Somos seres humanos, e não gostamos que certas coisas atrapalhem nosso julgamento. Mas quando você conhecia alguém e estava tudo bem, e então você se candidata, e ele faz declarações terríveis…”
Trump afirmou ainda que considera Diddy “meio inocente”. “Ele estava comemorando uma vitória, mas acho que não foi uma vitória tão boa assim”, disse o presidente.
Há um mês, o magnata da indústria da música e fundador da Bad Boy Records foi condenado por duas acusações de transporte para fins de prostituição, cada uma com pena máxima de dez anos de prisão. Ele foi absolvido das acusações mais severas, como tráfico sexual e conspiração para extorsão. A previsão de anúncio da sentença é 3 de outubro.
Diddy foi considerado culpado por organizar viagens de pessoas, incluindo acompanhantes e parceiros sexuais, para diferentes estados americanos. Após a condenação, seus advogados pediram que ele aguardasse a sentença em liberdade, sob fiança de US$ 50 milhões, ou quase R$ 280 milhões. No momento, ele está detido em Nova York.
Trump havia sido questionado sobre a possibilidade de perdão ao rapper em uma entrevista coletiva, em maio. Na ocasião, ele disse que tal pedido não havia sido feito e que precisaria analisar os fatos do caso. Em 2012, o presidente americano disse que Diddy era um “bom amigo” durante um episódio de seu reality show, “Celebrity Apprentice”, mas afirmou, mais recentemente, que não vê ou fala com ele há anos.
Já Diddy havia sido um apoiador de Trump, mas tornou-se crítico do atual presidente durante seu primeiro mandato. Nas eleições de 2020, ele apoiou publicamente o candidato democrata, Joe Biden. Na época, o rapper afirmou à rádio The Breakfast Club que “homens brancos como Trump precisam ser banidos” e que sua saída da presidência era “prioridade número um”.
Desde o começo de seu segundo mandato, Trump concedeu indulto presidencial para tirar outras pessoas condenadas da prisão. Em maio, perdoou o ex-político Michael Grimm, que se declarou culpado de sonegação fiscal em 2014.