SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo viu crescer em 15% o número de homicídios no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em seis meses foram 268 assassinatos ante 232 registros de janeiro a junho de 2024 -no ano passado, a capital teve o menor número da série histórica, que existe desde 2001.

Já o primeiro semestre de 2025 teve o maior número de casos desde 2021, quando houve 318 vítimas. Em junho, foram 56 registros de homicídio, maior número para o mês em nove anos. Em 2016, foram 64 mortes.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (31) no site da Secretaria da Segurança Pública da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em todo o estado, o número de mortes ficou praticamente estável, passando de 1.285 no primeiro semestre do ano passado para 1.296 em 2025. Já roubos tiveram uma nova queda, chegando ao menor patamar registrado na série histórica.

Em nota, a Secretaria de Segurança disse que prioriza o combate aos crimes contra a vida, e que mantém um programa para monitorar as ocorrências e desenvolver novas estratégias.

“Aliadas a esse monitoramento, as forças de segurança atuam de forma integrada, com ações preventivas, ostensivas e de inteligência, para ampliar a segurança em todo o território paulista. Esse trabalho abrange também o combate aos crimes patrimoniais com potencial letal, como os roubos, por meio de investigações minuciosas para identificar e prender os receptadores, que financiam essas práticas criminosas”, diz a nota.

Os índices também indicaram que furtos e estupros também tiveram alta no semestre, tanto na cidade de São Paulo quanto no estado. O primeiro teve alta de 4% na cidade, com 123.734 ocorrências, e de 1% no estado.

Já os registros de estupro tiveram uma alta de 3% na cidade, com 1.487 notificações, e de 2% no estado.

ROUBOS E LATROCÍNIOS

Por outro lado, outros crimes registraram queda no período. É o caso do latrocínio (roubo seguido de morte), que teve um leve recuo na capital, com seis vítimas a menos no semestre, com 21 ocorrências. No estado como um todo foram 70 mortes, redução de 22%.

Já no caso dos roubos a queda na cidade e no estado foi semelhante. Na capital a redução foi de 14%, passando de 59 mil casos no ano passado para 51 mil neste ano. No estado houve recuo de 15% (passando de 100 mil queixas para 85 mil).

A queda no geral fez com que o estado atingisse o menor patamar de roubos para o período desde o início da série histórica, em 2001.

“Como resultado desse esforço, no primeiro semestre, o estado e a capital apresentaram os menores índices de roubos em geral e latrocínios dos últimos 25 anos. O índice de homicídios foi o segundo menor da série histórica”, disse a gestão Tarcísio.

A Secretaria de Segurança afirmou que a produtividade policial também aumentou, com destaque para 110 mil prisões realizadas em todo o estado -o maior número desde 2019- e para apreensão de 1.814 armas de fogo na capital, o maior número desde 2018.

Em relação as denúncias de estupro, de acordo com o órgão, houve queda de 19% nos registros nas delegacias em junho. Foram 194 boletins de ocorrência a menos.

“Para enfrentar esse tipo de crime, a SSP atua tanto na investigação e prisão dos autores, quanto no estímulo à denúncia e combate à subnotificação, por meio da ampliação do atendimento especializado. O Estado conta com uma estrutura para denúncias 24h por dia, com 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) e 162 Salas DDMs em plantões policiais”.