SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A OMM (Organização Meteorológica Mundial) confirmou nesta quinta-feira (31) a ocorrência do maior raio já registrado, com 829 km de comprimento.
Fenômeno se estendeu do leste do Texas até os arredores de Kansas City (Missouri), nos EUA. A distância correspondente a uma viagem de Paris, na França, a Veneza, na Itália. De carro, o trajeto levaria entre 8 e 9 horas.
Relâmpago ocorreu em outubro de 2017. A confirmação da sua extensão, porém, só foi realizada recentemente, com o uso de tecnologias de satélite avançadas.
Raio teve 61 quilômetros a mais que recorde anterior. A descarga elétrica ocorreu em abril de 2020, no sul dos EUA, e cobriu uma distância de 768 km. Em ambas as análises, a margem de erro é de 8 km para mais ou para menos.
“Esse novo recorde mostra como a natureza ainda guarda fenômenos impressionantes e como os avanços tecnológicos ajudam a observá-los com mais precisão”, disse o especialista em extremos de tempo e clima da OMM, Randall Cerveny
RAIOS MATAM, ALERTA A ORGANIZAÇÃO
A OMM destacou o perigo de raios extremos. Conforme a secretária-geral da agência meteorológica, essas novas descobertas “trazem importantes preocupações de segurança pública relacionadas a relâmpagos”, que “têm um grande impacto no setor de aviação e podem desencadear incêndios florestais”.
Instituição também cataloga outros recordes relacionados a eventos extremos. Entre eles estão o raio mais duradouro, que ocorreu em junho de 2020, entre a Argentina e o Uruguai, e durou impressionantes 17 segundos. Já o mais mortal foi registrado em novembro de 1994, no Egito, matando 469 pessoas após incêndio.