RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Nos últimos dias, o assunto mais comentado em Barra Mansa, Rio de Janeiro, foi o suposto ato de vandalismo em um canteiro recém-revitalizado na descida do viaduto Alexandre Fisher, no Centro. A repercussão começou após o prefeito Luiz Furlani (PL) publicar um vídeo indignado com a destruição de uma palmeira plantada recentemente, prometendo encontrar os “inimigos da cidade”.

Na gravação, o prefeito aparece visivelmente revoltado, utilizando termos como “vagabundo, ordinário, sem vergonha”. Mais tarde, ele se desculpou pela linguagem, mas manteve a cobrança por respeito ao espaço público. “Cortaram a base da palmeira! Temos feito um trabalho de requalificação aqui. Pode ter certeza que vamos chegar até você”, declarou no primeiro vídeo.

A reação inflamou moradores nas redes sociais, e algumas críticas surgiram por conta do tom adotado por Furlani. Mas a história ganhou um novo rumo quando, horas depois, o próprio prefeito voltou às redes com um segundo vídeo. Desta vez, o clima era de surpresa e bom humor: a destruição não havia sido provocada por vândalos -mas sim por um grupo de capivaras que vive às margens do Rio Paraíba do Sul.

“Gente, de manhã fiquei revoltado… chamei de covarde, safado, sem vergonha, pois estamos em uma ânsia de arrumar a nossa cidade. E olha só quem é a responsável? A capivara!”, contou, rindo, ao reconhecer o engano.

Já nesta terça-feira (29), Furlani publicou um terceiro vídeo, mostrando o replantio da palmeira e anunciando uma iniciativa inusitada: um plebiscito popular para decidir se o canteiro deve receber um monumento em homenagem às capivaras -agora celebradas como moradoras ilustres da cidade.