SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma nova biografia de Margaret, irmã mais nova da rainha Elizabeth 2ª, afirma que a princesa sofria de síndrome alcoólica fetal após a Rainha-Mãe beber durante a gravidez.

O QUE DIZ O LIVRO

A obra especula que a princesa sofria de uma “deficiência invisível” causada pela síndrome alcoólica fetal. A autora Meryle Secrest diz que, apesar de Margaret não apresentar sinais comuns da síndrome, como olhos pequenos e filtro labial liso, tinha outros sintomas característicos, como alterações de humor, crescimento atrofiado, dificuldades para aprender a escrever e enxaquecas dolorosas. As informações são do livro “Princess Margaret and The Curse”, com lançamento previsto para setembro, segundo o jornal The Telegraph.

A síndrome é causada pela exposição do bebê ao álcool durante a gravidez. A criança pode nascer com características faciais distintas, dificuldades no aprendizado e problemas para controlar impulsos e lidar com as emoções.

A autora chega à conclusão a partir dos hábitos da Rainha-Mãe, que gostava de beber vários tipos de bebida alcoólica todos os dias. À época do nascimento de Margaret e Elizabeth, a síndrome alcoólica fetal ainda não havia sido descoberta — a identificação da doença veio em 1973. Por isso, é possível que a Rainha-Mãe não tenha sido aconselhada a parar de beber durante a gravidez.

Não há evidências fortes de que Margaret sofria da síndrome alcoólica fetal. A autora apenas comparou características e fragmentos da vida de Margaret a sintomas físicos, cognitivos e emocionais de quem sofre da síndrome.

Margaret morreu em 2002, aos 71 anos, após enfrentar uma série de problemas de saúde. Entre os anos 70 e 80, Margaret foi diagnosticada com hepatite e gastroenterite, além de ter parte do pulmão retirado por uma suspeita de câncer, mas o tumor era benigno. Nos anos seguintes, ela sofreu três derrames, além de escaldar os pés em uma banheira, o que afetou sua capacidade de locomoção.