BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil “tem todas as condições de não fazer do 1º de agosto um dia fatídico”. De acordo com ele, “os canais estão sendo desobstruídos vagarosamente, mas estão”.
Em entrevista a CNN nesta terça-feira (29), Haddad apontou uma falta de clareza por parte dos Estados Unidos nas demandas do país em relação ao Brasil.
“Existem alguns itens que estão sendo discutidos e alguns que estamos tentando compreender. Vou citar um que pra gente é difícil compreender. A questão do pix. É como se tivesse uma presunção de que o pix deveria ser privado, render lucro, garantir algum rendimento para alguém. Não tá na nossa ordem de consideração privatizar o pix”, avaliou Haddad.
Nas discussões com representantes do governo do presidente Donald Trump “tem se falado de mais coisas do que está na carta que foi tuitada [pelo governo dos EUA]”, continuou o ministro.
Ele aponta, porém, que nem para o governo dos EUA há clareza sobre como serão as tarifas aplicadas no início de agosto. Com a definição, será possível escolher quais medidas de contingência serão adotadas.
“É um jogo que está sendo jogado por dois times. Precisamos saber qual a decisão vai ser tomada em relação ao Brasil. Essas coisas estão mudando em relação ao resto do mundo, pode ser que mude em relação ao Brasil”, disse.
A maioria das medidas desenhadas pelo governo dependem de aprovação no Congresso, afirmou Haddad. Ele diz que os parlamentares estarão sensíveis à pauta que será enviada pelo Executivo.
“Creio que diante de uma emergência dessas não haverá falta de apoio de nenhuma força política.”