SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A DEA (Administração de Repressão às Drogas dos Estados Unidos) aumentou para US$ 25 milhões (R$ 140 milhões) a recompensa por informações que possam levar à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O QUE ACONTECEU

Anúncios da recompensa em inglês e em espanhol foram publicados nas redes sociais da agência nesta segunda-feira (28). O aumento da recompensa, que antes era de US$ 10 milhões (equivalente a R$ 56 milhões) acontece junto a novas sanções econômicas contra Maduro, anunciadas na sexta pelos EUA.

Pistas são anônimas e podem ser enviadas por e-mail, informou o DEA. O órgão pediu não só dados sobre o paradeiro de Maduro, mas também pistas que possam ajudar a condená-lo.

Estados Unidos acusam Maduro de liderar um cartel que facilita a entrada de drogas no país. Segundo a agência, desde 1999 o presidente e militares da alta cúpula do Exército da Venezuela comandam o cartel de Los Soles, que media o envio de cocaína aos Estados Unidos e à Europa.

Maduro é considerado procurado pelos EUA desde 2020, quando ele e outras 14 pessoas passaram a ser investigadas pelo país. A última vez em que a recompensa contra o venezuelano foi aumentada foi em janeiro de 2025, quando ele tomou posse meses após eleições contestadas mundialmente.

Novo aumento da recompensa acontece dias após EUA afirmarem que Maduro “não é o presidente da Venezuela”. Em uma nota oficial assinada pelo secretário de Estado Marco Rubio no domingo, o governo americano falou que “o regime de Maduro não é o governo legítimo” e disse que ele “manipulou o sistema eleitoral por anos”.

Sanções e recompensa marcam o aniversário de um ano da proclamação da reeleição de MAduro. Sob críticas e questionamentos, a autoridade eleitoral, que é acusada de servir ao chavismo, proclamou Maduro como vencedor em julho de 2024 sem detalhar a apuração, como determina a lei. Maduro comanda a Venezuela desde 2013, quando Hugo Chávez morreu.

A DEA é uma agência que combate o tráfico nos EUA. Sob administração federal, ela emite recompensas em troca de pedidos não só de criminosos dentro do território dos EUA, mas também internacionalmente.