SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Três pessoas foram presas neste sábado (26) por suspeita de arremessarem pedras em ônibus na cidade de São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, por volta das 15h, um casal foi detido em flagrante na região central da capital paulista.

Os dois, diz a PM, foram reconhecidos como responsáveis pela depredação de dois coletivos na avenida do Estado, que tiveram vidros quebrados e outros danos estruturais.

Segundo a polícia, o homem possui antecedentes criminais por homicídio e furto. O casal foi encaminhado ao 8º Distrito Policial.

O caso foi registrado como dano, perigo para vida ou saúde de outrem e atentado contra a segurança de outro meio de transporte, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Pouco depois, às 16h50, um homem foi preso em flagrante em Itaquera, zona leste, após arremessar uma pedra e quebrar o vidro traseiro de um ônibus. Ele foi conduzido ao 24º Distrito Policial, onde permaneceu detido.

Somente neste sábado, nove ônibus foram atacados na cidade de São Paulo, segundo a SPTrans, estatal que gerencia o transporte público municipal.

Desde o início dos ataques, em 12 de junho, 561 veículos foram apedrejados na capital paulista —não estão computados ônibus intermunicipais. As ações criminosas também ocorrem em cidades vizinhas e na Baixada Santista.

Ao todo, segundo o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), 19 suspeitos de vandalismo foram presos deste então na capital e na região metropolitana.

Uma dessas prisões foi a de um homem que arremessou um pedaço de concreto contra o para-brisa de um ônibus na avenida Cupecê, na zona sul.

A prisão, por policiais civis do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), ocorreu após ele ter sido identificado por câmeras do Smart Sampa, programa de videomonitoramento da capital paulista, com reconhecimento facial.

De acordo com as imagens, um homem, com roupa preta e uma bolsa no ombro, é gravado caminhando pela região. Em outro momento, ele aparece correndo pelo canteiro central da avenida. Entre as faixas de segurança, ele ergue um pedaço do concreto da calçada e arremessa duas vezes no chão. Com um dos pedaços, corre de volta em direção a um ônibus parado no semáforo e o atira contra o para-brisa do motorista.

Na sequência, ele atravessa a avenida apressado, observado por outros pedestres.

“Os delitos cometidos na cidade de São Paulo e na região metropolitana continuam sendo investigadas pelo Deic da capital, com o apoio de unidades regionais e da Divisão de Crimes Cibernéticos [DCCIBER]”, diz a Secretaria de Segurança Pública, em nota.

“Paralelamente, a Polícia Militar intensificou o patrulhamento em todo o estado por meio da ‘Operação Impacto – Proteção a Coletivos’, que conta com a mobilização de equipes do trânsito, choque e PMs da Rocam [motos] para dar mais agilidade nas atividades realizadas em corredores de ônibus”, diz outro trecho do texto.

Por causa do vandalismo, 200 agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) passaram a reforçar a segurança dos ônibus do transporte coletivo de São Paulo, de acordo com a gestão Ricardo Nunes (MDB).

Os agentes atuarão dentro dos veículos em locais com registros de depredações.

“Além disso, os guardas darão apoio na saída das garagens e também ao longo do percurso das linhas, que, por razões estratégicas, não serão divulgadas”, afirma a prefeitura.