SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A PCMG (polícia civil de Minas Gerais) confirmou suspeita de que Maria Amélia Campos, de 61 anos, teria envenenado o marido, de 51 anos, e o enteado, de 6 anos, em Cataguases (MG).

Inicialmente a suspeita era de que a mulher havia colocado veneno de rato no feijão consumido por ela, o marido e o enteado, de acordo com a polícia civil. Durante a investigação, foi encontrado “chumbinho” no quarto da suspeita, confirmado pela perícia. Mas os testes no feijão deram negativo para o veneno. Por isso, não dá para afirmar que o feijão foi usado para envenenar. Mesmo assim, as evidências indicam que o chumbinho foi, de fato, a substância usada na tentativa de envenenamento.

Uma das vítimas contou que no dia do ocorrido consumiu macarrão, feijão e frango, e percebeu uma substância escura no fundo do prato, ao questionar a suspeita teria alegado que era o tempero da comida. A perícia também concluiu que algumas vasilhas da casa da família haviam sido lavadas antes da chegada da equipe, o que pode indicar uma tentativa de ocultação de provas.

Motivação do crime estaria ligado a conflitos anteriores da investigada com o pai do menino, segundo o delegado Conrado Guedes. Entre os fatores estariam a não aceitação do resultado positivo do exame de DNA que comprovou a paternidade do seu marido, a insatisfação com o pagamento da pensão alimentícia e relatos de ciúmes em relação à mãe da criança.

Com a morte da investigada, o inquérito será encerrado e enviado à Justiça com recomendação de arquivamento, conforme a lei. De acordo com a Polícia Civil os laudos finais e outros exames, como os toxicológicos e psicológicos, devem ficar prontos nos próximos dias.

O menino contínua internado, e o pai já teve alta médica. Segundo a polícia, novas informações serão divulgadas após o fim das investigações.