SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O suspeito de matar a professora Soraya Tatiana Bonfim, 56, encontrada sem vida após ficar dois dias desaparecida em Minas Gerais, foi preso nesta sexta-feira (25) no estado.
O nome do suspeito não foi divulgado pelas autoridades. A informação foi confirmada pelo governador do estado, Romeu Zema (Novo), no X. “Toda solidariedade aos familiares, amigos e alunos. Parabéns aos policiais por mais esta resposta rápida contra o crime.
Em Minas, criminoso não tem vez”, escreveu o menino.
Professora foi encontrada morta na manhã de domingo, em Vespasiano (MG), na região metropolitana de BH. Tatiana foi vista pelo filho, de 32 anos, pela última vez na quinta-feira (17). Ele disse que foi viajar naquele dia e se despediu da mãe em casa, no bairro Santa Amélia, em Belo Horizonte, segundo informações da Polícia Militar. Ela estava em recesso escolar.
No dia seguinte, Tatiana não teria respondido às mensagens dele. Ele contou que retornou à cidade após não conseguir contato com a genitora e se deparou com a casa arrumada e com o carro na garagem, mas os óculos, o celular e as chaves dela haviam sido levados.
O filho relatou à PM ter feito contato com hospitais e IML, mas sem sucesso. Ele também disse ter pedido as imagens das câmeras de segurança de vizinhos, que mostraram dois carros suspeitos parados em frente à casa na quinta. Apesar disso, não foi possível ver quem entrou ou saiu dos veículos, nem mesmo as placas deles.
Filho teria ainda checado o WhatsApp da mãe, que estava conectado em notebook, mas disse não ter achado nada suspeito. A localização do celular dela também não pôde ser acessada.
O corpo de Tatiana foi encontrado coberto por um lençol. A vítima estava sem nenhuma identificação, mas foi reconhecida pelo filho. Ela também tinha sinais de violência sexual. Segundo a PM, ela estava seminua e vestida apenas com a parte de cima da roupa.
Não há informações sobre suspeitos e a motivação do crime. A Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e aguarda também a conclusão de perícias para saber a causa da morte.
COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.