SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – As câmeras acopladas nas fardas de policiais militares de São Paulo farão reconhecimento facial e de placas de veículos a partir de 2026.

Equipamentos também terão melhor capacidade de conectividade e mais autonomia de bateria. A nova tecnologia das novas câmeras corporais, as chamadas COPs, irá contribuir para o aumento da probabilidade de prisão de suspeitos, segundo a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

Serão 3 mil novas câmeras corporais com a nova tecnologia previstas em aditivo contratual. “Com isso, [o novo equipamento] irá apoiar as atividades policiais contribuindo com a restrição da mobilidade criminal”, informou a SSP por meio de nota.

Ainda sem a nova tecnologia, PM conta com mais de 8.000 equipamentos em 48 unidades da corporação no território paulista. A previsão é de 12.000 dessas câmeras em fardas nos próximos meses, antes ainda da implementação que possibilitará fazer o reconhecimento facial e de placas de veículos.

O QUE SE SABE SOBRE AS CÂMERAS CORPORAIS

STF homologou acordo que amplia uso do equipamento em PMs de São Paulo. O acordo foi firmado em maio deste ano, obrigando o governo estadual a aumentar o número de câmeras em 25%, chegando aos 15.000 equipamentos. O índice será atingido após a implantação das novas câmeras com capacidade de reconhecimento facial e de leitura de placas de veículos.

Ficou decidido que uso das câmeras será obrigatório em algumas ocasiões. Essa exigência vale para operações de grande porte ou em comunidades vulneráveis, quando se destinarem à “restauração da ordem pública”. Em fevereiro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrou com recurso no Supremo para derrubar decisão de gravações ininterruptas. Ele alegou que medida inviabilizaria expansão do programa pelo alto custo.

Acordo mantém acionamento pelos próprios PMs. No entanto, o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) também terá de acionar as câmeras de forma remota durante operações grandes.

Governo de SP se comprometeu a implementar o acionamento automático por proximidade das câmeras via Bluetooth. O poder público também garantiu que ocorrerá a reativação automática caso o policial interrompa manualmente a gravação. PM de São Paulo também terá de fortalecer o Programa de Capacitação sobre o uso adequado dos equipamentos.