SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Luigi Mangione, o jovem suspeito de matar o CEO de um plano de saúde, virou personagem de teatro. Ele inspira o protagonista da peça “Luigi: O Musical”, que vem esgotando sessões em São Francisco, na Califórnia.
A peça satiriza as circunstâncias da vida de Luigi, que está preso na mesma cadeia de Diddy, acusado de tráfico sexual, e de Sam Bankman-Fried, suspeito de estelionato em um escândalo de criptomoedas.
Segundo o Hollywood Reporter, o espetáculo já estendeu sua temporada em São Francisco e deve viajar para o festival de teatro de Edimburgo, na Escócia, em agosto. Há ainda perspectivas de levar a montagem a Nova York e Los Angeles.
O espetáculo estreou em junho em um teatro de 49 lugares em São Francisco, mas em poucos dias foi transferido para um teatro de 350 lugares.
Criado por quatro artistas de stand-up, o musical é uma comédia provocativa que faz piada com detalhes reais dos crimes. A prisão de Mangione, por exemplo, que aconteceu dentro de um McDonalds, é contada em forma de uma balada sentimental.
Há ainda elementos surreais, como um número de dança entre Diddy e Sam Bankman-Fried, que vivem um romance na peça.
“Esses três homens representam três pilares da sociedade nos quais as pessoas perderam a confiança nos últimos anos: os planos de saúde, a indústria cultural e o ecossistema tecnológico financeiro”, disse a artista Nova Bradford, criadora e diretora do espetáculo.
“Queremos explorar, para além das ações desses três indivíduos, os lugares que essas figuras ocupam na consciência coletiva”, falou a artista.
O grupo é formado por Arielle Johnson, André Margatini e Caleb Zeringue, que atuam e assinam a autoria da peça. Os criadores dizem que, apesar de Luigi Mangione ser o personagem-título, não têm intenção de se posicionar sobre suas ações. A ideia é refletir diferentes pontos de vista.