SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O casal Junior Lima e Monica Benini anunciaram aos fãs nesta terça-feira (22) que a filha do casal, Lara, de 3 anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica, condição que afeta os rins.

“A gente começou a suspeitar que a Lara estava com uma alergia. O olho dela inchava, levamos em alergista e pediatra, até que investigando descobrimos que se tratava da síndrome nefrótica”, contou Monica.

A doença é caracterizada pela eliminação excessiva de proteína pelos rins, quando o filtro do órgão não funciona corretamente e permite que grandes quantidades de proteína, que normalmente seriam retidas no sangue, passem para a urina, de acordo com documento do Ministério da Saúde.

Com a baixa concentração de proteína no sangue, um dos sintomas é o inchaço, causado pelo acúmulo excessivo de líquido nos tecidos do corpo.

Além desses critérios definidores, a síndrome nefrótica é frequentemente acompanhada de hiperlipidemia (aumento de gorduras no sangue, como colesterol total, colesterol LDL ou triglicerídeos elevados) e hipercoagulabilidade, o que aumenta o risco de trombose venosa ou arterial.

O edema (inchaço) é o sintoma mais comum e pode variar de leve a grave, assim como a urina espumosa. Mas outras manifestações clínicas que decorrem de complicações comuns incluem a perda da função renal, formação de coágulos nas veias ou artérias e infecções, conforme documento do Ministério que apresenta o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Síndrome Nefrótica Primária em adultos.

A síndrome nefrótica é uma doença crônica importante em crianças, segundo informações divulgadas pelo National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, dos Estados Unidos.

A incidência anual estimada da síndrome nefrótica em crianças saudáveis é de dois a sete novos casos por 10 mil menores de 18 anos. É mais comum em meninos do que em meninas em idades mais jovens, mas, uma vez atingida a adolescência, não há diferença significativa entre os gêneros.

Nos mais jovens, a doença pode ser tratada com medicamentos corticosteroides, que suprimem o sistema imunológico, reduzem a quantidade de proteína eliminada na urina e diminuem o inchaço.

Mas pode também concentrar-se na causa da síndrome nefrótica, como, no caso de origem em uma infecção, a prescrição de antibióticos.

Quando a origem é genética, o tratamento depende do tipo de mutação que está causando a síndrome e da gravidade dos sintomas e complicações. No caso da perda da função renal com o tempo, é comum a necessidade de um transplante renal.

Além disso, como parte do tratamento, é preciso fazer mudanças na alimentação, como a limitação na quantidade de sódio que ingerem, e até a redução na ingestão de líquidos, a depender do paciente.