SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Edu Guedes, 51, chorou ao lembrar do impacto da notícia do diagnóstico do câncer de pâncreas. O apresentador da RedeTV! afirma que ainda não caiu a ficha de tudo o que viveu nos últimos 17 dias após a descoberta da doença e tem se recuperado bem após quatro cirurgias em 15 dias.
“Não tive tempo de ter reação. A ficha ainda não caiu de tudo isso. Então, quando a gente lê a notícia, a gravidade, a gente não é profundo conhecedor e assusta. Quando alguém pergunta: ‘você não faz exame de rotina?’, a gente faz, mas agora terei de ter maior cuidado”, disse Edu, em entrevista para o “A Tarde É Sua”,
Apresentador lembra que descobriu a doença após um almoço com um amigo para finalizar os preparativos de uma corrida em Portugal. “Era uma quinta-feira, era o primeiro dia de treinamento pra correr de carro em Portugal. Um amigo veio de Americana pra cá, fomos almoçar e comecei a me sentir mal. Era dor no peito, falta de ar, fui no banheiro e cai de dor. Voltei e falei: ‘Pedrinho, me leva ao hospital’.”
Chef de cozinha foi obrigado a passar por cirurgias no espaço de 2 a 3 dias para a outra após o diagnóstico do câncer. “Eu tinha que vencer aquela primeira guerra. Aí, depois, a segunda cirurgia, a mesma coisa. Eu tinha que vencer aquela cirurgia, tinha que voltar para casa. Aí a terceira da mesma forma. E a maior delas foi a mais difícil”.
“Eu sabia que ia ser o mais difícil. Quando eu voltei para a UTI eu estava sentindo muita dor. E eu não conseguia respirar, me faltava ar [?] Eu fiquei com oxigênio porque eu não conseguia puxar o ar”, contou.
Artista declarou que teve, sim, medo de morrer, mas não deixou nenhum pensamento negativo acabar com a sua positividade durante os momentos no hospital. “Eu sempre fui pensando: ‘amanhã vou estar melhor’. Eu podia ter me entregado para algumas coisas que não são boas, mas, ao mesmo tempo, eu sabia que a Ana precisava de mim, a Maria, o Alezinho, a nossa família, todo mundo”.
“Quando a gente tem a chance, não importa se ela é de 1%, se ela é de 5%, se ela é de 10%. Você se agarra na sua chance. [?] Pensar que as coisas vão dar certo, como estão dando”, falou Edu.
Ele fez questão de agradecer o apoio da companheira Ana Hickmann nos momentos mais difíceis. “É lógico que medo dá. Algumas horas a gente chorou junto. A gente chorou junto antes de ir pra cirurgia. A gente chorou junto quando eu voltei da cirurgia. Algumas horas a gente chora de felicidade por estar aqui também, no nosso dia a dia. A gente, cada dia que a gente vai vencendo alguma coisa, a gente também chora. A gente chora por alguma coisa boa que tá acontecendo. Agora, se emocionar, a gente se emociona sempre, porque eu não tive esse tempo pra pensar nessa dor.”
Ana Hickmann, por sua vez, elogiou o companheiro pela confiança de que tudo daria certo mesmo em dias que as notícias não eram positivas. “Ele foi uma fortaleza do começo ao fim. Do momento que ele entrou, a gente chegou naquele corredor pra ir pro centro cirúrgico, o medo batia, a ansiedade existia ali, mas, ao mesmo tempo, eu falei pra ele que não tinha outra possibilidade, que ele ia fazer o que ele tinha que fazer, ia resolver naquele centro cirúrgico, ia voltar e ia pra casa pra continuar com os nossos planos.”
Apresentador da RedeTV! alertou o público a buscar um médico a qualquer sinal diferente do corpo e não ignorar para evitar problemas de saúde. “É tudo muito rápido. Então, o que acontecia? Parecia que eu tava indo pra uma guerra, eu tinha que vencer aquela primeira guerra, aí depois a segunda cirurgia, a mesma coisa, eu tinha que vencer aquela cirurgia, eu tinha que voltar pra casa, aí a terceira da mesma forma, e a maior delas foi a mais difícil, a do pâncreas, seria mais difícil, porque quando voltei pra UTI, eu tava sentindo muita dor, e eu não conseguia respirar, me faltava ar, eu fiquei com o respirador.”
Edu Guedes saiu dez dias antes do previsto do hospital, tem acompanhamento diário dos médicos e planeja voltar em breve à TV. “Médico disse que tenho que ficar de duas e três semanas de acompanhamento para voltar. Você percebe que falta um pouco de ar ainda. Cozinhar é um esforço, mas imagino que tudo que faz bem ajuda a melhorar”.
“O segredo de tudo está na nossa cabeça e do jeito que enxergamos as coisas. Tive risco com a minha vida? Sem dúvida. Agora, a forma que enxergo vai determinar essa melhora”, refletiu.