RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Havia uma única pessoa de máscara de proteção na área VIP do Rock in Rio no quarto dia do último Rock in Rio, há um ano: Preta Gil. A cantora, que morreu neste domingo (20), aos 50 anos, vítima de um câncer colorretal diagnosticado em 2023, estava com a imunidade baixa e precisava da proteção. Para ela, o acessório, mesmo no período pós-pandemia, era indispensável.
Serena e falando pausadamente, Preta disse à Folha de S.Paulo que estava se sentindo bem naquele dia. “Agora eu tenho paz na minha cabeça”, afirmou, convicta.
A paz que encontrou veio quando ela conseguiu tirar de perto de si uma “pessoa nefasta”, para usar o trecho de uma música de seu pai, Gilberto Gil.
A cantora foi andando e conversando com a reportagem. “Eu tinha uma pessoa do meu lado que me desestruturava, foi muito pesado”. Preta referia-se ao ex-marido, Rodrigo Godoy, que a traiu no início do tratamento. Ela evitava até falar o nome dele. “Pra quê? Prefiro nem citar”
Por outro lado, a rede de amor que se formou à sua volta a surpreendeu. “Meus amigos não saem de perto mesmo, achei que desta vez eles se cansariam, mas sempre tem alguém do meu lado, é impressionante. Dou graças a Deus”.
Havia um burburinho ali de que Preta seria uma atração surpresa no primeiro dia da segunda etapa de shows no festival. “Não, nada a ver. As pessoas sabem que estou fragilizada, ficam preocupadas, nem me convidam para trabalho por enquanto”.