SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Civil prendeu neste sábado (19) um ex-PM suspeito de participar do atentado ao bicheiro Vinicius Drumond, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, no dia 11 de julho.

Ele foi preso durante a operação da Polícia Civil. O suspeito foi localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil não informou a identidade dele.

O ex-PM foi expulso da corporação após praticar receptação de veículo roubado e tráfico de drogas. O homem também foi autuado em flagrante por porte de arma sem autorização, segundo a Polícia Civil.

As investigações apontaram que dois veículos seguiram o carro do contraventor na Barra da Tijuca. O carro onde estava Drumond foi atacado por ao menos 30 disparos de fuzil. Vinicius sofreu apenas lesões leves, por conta da blindagem do veículo.

Um dos carros do atentado a Vinicius foi abandonado em Guaratiba. Na sequência, os ocupantes abordaram outro veículo e obrigaram a condutora a transportá-los até Nova Iguaçu.

Dois homens na mira da operação de hoje fazem parte de uma organização criminosa na Baixada Fluminense. A Polícia Civil investiga a participação deles no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em fevereiro de 2024, no Centro do Rio. Há mandados de prisão preventiva contra os suspeitos.

Quem é Vinicius Drumond

Vinicius é filho do bicheiro e sambista Luiz Drumond, que morreu em 2020, e cuja família preside a escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Apesar disso, o UOL apurou que ele não faz parte do quadro da agremiação. Ele foi apresentado recentemente como patrono da escola Em Cima da Hora, que faz parte da Série Ouro.

Bicheiro foi alvo de uma operação, em fevereiro deste ano, sobre furto de petróleo. Vinícius seria o líder do grupo e utilizava dinheiro da contravenção para exercer as atividades. De acordo com informações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, Drumond já era conhecido pela polícia, mas “laranjas” atrapalhavam o rastreio de suas atividades na quadrilha.

Dinheiro do jogo do bicho pagava funcionários, comprava equipamentos para a perfuração dos dutos e transportava o petróleo. Além de Drumond, outros dois homens foram investigados.

Drummond é ainda investigado por possível envolvimento no assassinato de um advogado em frente à Ordem dos Advogados do Brasil, no Centro do Rio. Segundo a investigação, a locadora de veículos que a quadrilha usava para as atividades com o petróleo é a mesma envolvida no crime, em fevereiro de 2024.

PM envolvido na morte trabalhava para o bicheiro. Informação foi levantada durante as investigações do caso, ainda em 2024.