SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um lutador que trabalha como segurança é considerado um dos principais suspeitos no envolvimento da morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, 35, encontrado morto em um buraco em área do autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
Leandro de Tallis Pinheiro, 45, foi preso durante operação de busca e apreensão realizado nesta sexta-feira (18) por policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil.
Ele estava em posse de munições e, por isso, acabou detido. Ele pagou fiança e foi solto depois.
Adalberto foi encontrado morto em um buraco em uma área de terra no autódromo de Interlagos, na zona sul, no dia 3 de junho. Ele havia sumido no dia 30 de maio. No local estava sendo realizado um evento de motos.
O empresário foi à pista de corridas na companhia de um amigo. Eles correram com motos potentes e depois assistiram a um show no local. A dupla se separou quando cada um foi buscar o seu veículo para ir embora.
Ele acabou encontrado sem calça e sem os calçados. Ele estava em pé, com um capacete colocado sobre a cabeça. Nada foi roubado carteira, dinheiro e cartões estavam com a vítima.
A principal linha de investigação continua concentrada em seguranças que trabalharam no evento em Interlagos.
A polícia chegou ao suspeito detido nesta sexta após depoimentos de outros seguranças, que mencionaram o nome de Leandro durante a conversa com policiais. Chamou a atenção o fato de o nome dele não constar de uma lista enviada pela empresa com as pessoas que trabalharam no evento.
Os investigadores também chegaram a um outro homem, que também foi mencionado e não estava na lista. Ambos exerciam funções de liderança no dia da morte do empresário.
Leandro era supervisor justamente da área que Adalberto teria tentado acessar para pegar o carro no estacionamento do autódromo, disse a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo.
Durante as apurações, outros seguranças apresentaram aos policiais celulares com mensagens apagadas, o que também chamou atenção.
A polícia ainda soube que o lutador não trabalhou mais na sequência do evento, no sábado (31), o que levantou mais suspeitas.
Durante as buscas nesta sexta, no imóvel de Leandro, foram apreendidos cinco computadores e sete celulares, além de 21 munições de calibre 38. Segundo a polícia, ele não disse por que mantinha o armamento.
Além dele, um representante da empresa e mais dois seguranças foram levados para o DHPP. Eles ficaram silêncio a pedido dos advogados da companhia.
Leandro tem passagens pela polícia por furto e associação criminosa e ameaça, de acordo com os investigadores.
O delegado Rogério Thomaz, que coordena a apuração, disse que equipes vão analisar os objetos apreendidos em busca de subsídios para possíveis pedidos de prisões.
Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-adjunto de Segurança Pública, foi descartado que o sangue encontrado no veículo de Adalberto tenha relação com o dia da morte. O material genético já estaria no carro em uma data anterior.