BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), sancionou nesta quinta-feira (17) lei que institui 23 de julho como o Dia dos Legendários na capital mineira.

A data foi escolhida por representar o dia da criação do movimento, na Guatemala, em 2015.

Voltado exclusivamente para homens, o Legendários promove imersões intensas na natureza e oferece uma transformação profunda, com forte presença evangélica.

Cada um que passa pelo programa ganha um número. O legendário número um, dizem os organizadores, foi Jesus Cristo.

O grupo, presente em 18 países, chegou ao Brasil dois anos depois. Ao longo de 2025, estão previstos pelo menos 325 eventos, mais da metade em território brasileiro.

O projeto de lei é de autoria do vereador Wanderley Porto (PRD), integrante do movimento, e foi aprovado pela Câmara Municipal no início deste mês, após votação na Comissão de Legislação e Justiça (CLJ).

O regimento interno determina que datas comemorativas só precisam do aval do colegiado que avalia a constitucionalidade do texto, e só são encaminhadas a plenário em caso de impugnação do resultado da CLJ por vereadores -o que não ocorreu.

Na justificativa da apresentação do projeto de lei, Porto afirmou que os Legendários desempenham um papel relevante na comunidade de Belo Horizonte e contribuem para a construção de uma sociedade mais solidária, baseada em princípios de respeito, empatia e compromisso espiritual.

“Dessa forma, a instituição desta data contribuirá para o fortalecimento da identidade do movimento na capital mineira, ampliando o alcance de suas atividades e possibilitando que mais pessoas sejam impactadas por seus princípios e propósitos”, diz o texto.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o movimento se envolveu em polêmicas após ter acessado sem autorização, em abril deste ano, o parque estadual da Serra do Ouro Branco, na região central de Minas Gerais, a cerca de 110 km de Belo Horizonte.

O IEF (Instituto Estadual de Florestas), órgão do governo estadual que faz a gestão dessa unidade de conservação, afirmou que integrantes do movimento também acamparam no local de forma ilegal, já que a atividade é proibida pelo plano de manejo do parque.

A assessoria de imprensa do Legendários La Conquista, responsável pela organização da travessia, disse à época que o movimento se compromete com responsabilidade social em todas as suas atividades.