Da Redação
O cantor sertanejo Lucas Lucco, seu pai, Paulo Roberto de Oliveira, e um suposto advogado identificado como Eliel Levistone foram indiciados pela Polícia Civil de Goiás nesta quarta-feira (16/7) por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude envolvendo veículos de alto valor. O caso, investigado desde março, inclui acusações de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa.
Segundo o delegado Manoel Borges, responsável pela apuração, o trio teria enganado um empresário do setor automotivo durante uma negociação que envolvia três carros de luxo: duas Porsche Panamera e uma Porsche GT4.
Como funcionou o suposto golpe
De acordo com a investigação, Lucas Lucco e os outros envolvidos teriam oferecido as duas Panameras como parte do pagamento pela GT4. O problema é que os veículos entregues estavam com ônus fiduciário — ou seja, ainda financiados —, e essa informação não teria sido repassada ao comprador. A vítima, sem saber da situação, quitou as pendências da GT4, que estava prestes a ir a leilão, e finalizou a troca, mas acabou ficando com os carros problemáticos.
A situação se agravou quando Eliel, que se apresentava como advogado (embora não estivesse regularmente inscrito na OAB), utilizou documentos falsificados e um contrato retroativo para conseguir uma liminar judicial que lhe devolveu a posse da GT4. A Porsche, já no nome da vítima, acabou sendo transferida para o nome da namorada do suspeito.
O que diz Lucas Lucco
Em depoimento à polícia, Lucas Lucco negou que tenha agido de má-fé e afirmou que também saiu prejudicado da negociação. Segundo ele, os três veículos agora estão fora de seu alcance: “Fiquei sem a GT4 e também sem as Panameras. Me sinto vítima”, declarou o cantor, alegando prejuízo financeiro superior a R$ 1 milhão.
A reportagem tentou contato com a defesa do artista, mas até o momento não houve manifestação oficial. O espaço segue aberto para posicionamentos.
O caso agora será analisado pelo Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça. Se condenados, os envolvidos podem responder por crimes graves, com penas que somadas ultrapassam 10 anos de prisão.