SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma tempestade que atingiu os Estados Unidos na noite de segunda-feira (14) matou duas pessoas em Nova Jersey e provocou inundações em Nova York e em outros estados da região. Ruas, túneis e estações de metrô foram invadidos pela água.

As vítimas morreram após o carro em que estavam ter sido arrastado para dentro de um riacho na cidade de Plainfield. O cenário de caos levou o governador de Nova Jersey, o democrata Phil Murphy, a decretar estado de emergência.

Os alertas para inundações continuaram em vigor em algumas regiões nesta terça-feira (15).

As intensas chuvas alagaram ruas e deixaram carros submersos. Em estações do metrô em Nova York, a água jorrava pelos ralos e invadia as plataformas. Vídeos do caos viralizaram nas redes sociais.

A Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA) precisou suspender temporariamente os serviços em algumas linhas por falhas nos sistemas de sinalização.

Nova York registrou seu segundo maior volume de chuva em uma única hora desde 1943, segundo um levantamento do jornal americano The Washington Post. O Aeroporto Internacional Newark Liberty registrou atrasos, interrupções e cancelamento de diversos voos.

Em vários pontos da cidade, ruas e túneis foram completamente tomados pela água. A MTA informou que os serviços de ônibus, balsas e metrô foram restabelecidos na manhã desta terça, com atrasos pontuais.

O estrago também foi sentido em cidades de Nova Jersey, Virgínia e Pensilvânia. Ao longo da noite de segunda, o volume de chuvas ultrapassou os 15 centímetros em algumas áreas.

Alertas de inundações repentinas foram emitidos e operações de resgate foram realizadas para retirar moradores presos em ruas e rodovias inundadas.

O episódio reacendeu o alerta sobre a capacidade das cidades de enfrentar eventos climáticos extremos. As chuvas torrenciais ocorrem menos de duas semanas após as catastróficas enchentes no Texas, que mataram ao menos 132 pessoas e deixaram mais de 90 desaparecidos.

Em 2024, os Estados Unidos registraram 145 mortes relacionadas a inundações —bem acima da média anual de 85 mortes dos últimos 25 anos, de acordo com um levantamento do Washington Post.