BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (14) uma série de medias para taxistas. A lista inclui a isenção da taxa de verificação cobrada sobre os taxímetros e redução das burocracias para a categora.

Na cerimônia o presidente assinou uma medida provisória que concede a isenção da taxa de R$52,18, tanto da aquisição do equipamento como nas medições periódicas obrigatórias. A frequência das verificações também foi ampliada, e passa de uma vez ao ano para a cada dois anos.

O governo estima que a categoria tenha uma economia de R$ 9 milhões por ano.

A medida foi proposta pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), por meio do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

O governo estima que a isenção da verificação inicial será benéfica também para os fabricantes dos equipamentos, por simplificar o processo de entrada de novos taxímetros no mercado, estimulando a inovação e a modernização tecnológica.

O evento é um aceno à categoria dos taxistas, semelhante ao realizado na gestão de Jair Bolsonaro (PL), que anunciou em 2022, próximo às eleições presidenciais, um auxílio a taxistas e caminhoneiros por meio do pagamento de uma parcela extra aos profissionais que recebiam o auxílio de R$ 1.000.

Na época, o auxílio foi criado sob a justificativa de ajudar a categoria em meio à alta no preço dos combustíveis. O grupo era uma das bases de apoio do presidente, que buscava a reeleição.

Participaram da cerimônia desta segunda o vice-presidente e chefe do Mdic, Geraldo Alckmin, além dos ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil). Entre os parlamentares presentes estiveram os senadores Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), e os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), Teresa Leitão (PT-PE) e Carlos Zarattini (PT-SP).

Da categoria, estiveram representantes de organizações dos taxistas, entre eles Edgar Ferreira de Sousa, presidente da Confederação Nacional dos Taxistas e Erasto Ribas, presidente da Frente Nacional do Táxi.

Neste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego, liderado por Luiz Marinho —ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista assim como Lula—, tenta destravar pautas que avançaram em 2023, mas que ficaram estagnadas no ano passado.

Dentre os assuntos está o projeto de lei complementar 12, que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativos de passageiros. O relatório está pronto desde julho.

O texto mantém a categoria de motorista de aplicativo de transporte de passageiros como nova profissão, autônoma e sem vínculo pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Em fevereiro deste ano, a pesquisa Origem e Destino, a OD, do Metrô SP, mostrou que houve um aumento de 137% no uso dos serviços de táxi e de carona por aplicativos, como Uber e 99.

De 2017 a 2023, o número de viagens nessa modalidade subiu de 468 mil para 1,1 milhão em toda a Grande São Paulo. Assim, corridas em táxis e carros de aplicativo superaram os deslocamentos por meio dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) —que tiveram queda de 13% no período e chegaram a 1 milhão de viagens no ano retrasado.

Enquanto a quantidade de deslocamentos caiu como um todo na região, apenas táxis, carros de aplicativo e motocicletas tiveram aumento no número absoluto de viagens.