SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Prêmio Shell de Teatro, um dos mais tradicionais do país, anuncia nesta sexta-feira (11) a lista com os primeiros indicados de sua 36ª edição. Entre eles, destacam-se os espetáculos “Torto Arado: O Musical”, e “Vinte”, que acumulam três indicações cada. A lista ainda será ampliada com espetáculos do segundo semestre deste ano.
As produções “Nebulosa de Baco”, “Lady Tempestade” e “Carne Viva” disputam duas categorias. Os artistas Marcos Damaceno e Rosana Stavis, ambos indicados em 2023 por “A Aforista”, foram indicados a melhor dramaturgia e melhor atriz, respectivamente.
Muato e Mauricio Lima -vencedores do prêmio em 2024 e 2018, respectivamente-, de “Vinte”, voltam a ser indicados. Alexandre Galindo, de “Veneno”, Alan Rocha de “Martinho, Coração de Rei, O Musical” e Rafael Bacelar de “Ao Vivo (Dentro da Cabeça de Alguém)” foram indicados a melhor ator.
Para melhor atriz, a lista conta com Larissa Luz , de “Torto Arado: O Musical”, Liliane Rovaris, de “As Pequenas Coisas”, Rosana Stavis, de “Nebulosa de Baco” e Sirlea Aleixo, de “Furacão”.
O prêmio reconhece produções em São Paulo e no Rio de Janeiro comprometidas com a diversidade, a inovação estética e a transformação social por meio da cultura. São nove categorias que elencam o melhor das artes cênicas no Brasil, desde funções dos bastidores, como iluminação e cenário, a atuação e dramaturgia.
Na categoria Energia que Vem da Gente, que valoriza a arte como motor de transformação social, foram indicados a Turma Ok, com mais de 60 anos de resistência LGBTQIA+ e o Instituto Cerne, da Escola Popular de Teatro da Baixada, ambos localizados no Rio de Janeiro.
Já em São Paulo, foram indicados a Cia Teatro Documentário, que cria projetos criados junto aos moradores da Bela Vista às ruas e o Teatro de Contêiner, que busca criar autonomia para mulheres em situação de vulnerabilidade.
CONFIRA A LISTA DA PRIMEIRA LEVA DE INDICADOS
INDICADOS PELO JÚRI DO RIO DE JANEIRO
**Dramaturgia**
– Marcia Zanelatto – ‘Devora-me’
– Mauricio Lima e Tainah Longras – ‘Vinte’
**Direção**
– Camila Bauer – ‘Instinto’
– Elísio Lopes Júnior – ‘Torto Arado: O Musical’
**Ator**
– Alan Rocha – ‘Martinho, Coração de Rei, O Musical’
– Rafael Bacelar – ‘Ao Vivo (Dentro da Cabeça de Alguém)’
**Atriz**
– Larissa Luz – ‘Torto Arado: O Musical’
– Liliane Rovaris – ‘As Pequenas Coisas’
**Cenário**
– Beli Araújo e Lidia Kosovski – ‘Devora-me’
– Cachalote Mattos – ‘À Vinha d’Alhos’
**Figurino**
– Julia Vicente – ‘Vinte’
– Marcelo Olinto – ‘Os Mambembes’
**Iluminação**
– Ana Luzia de Simoni – ‘O Céu da Língua’
– Nadja Naira – ‘Ao Vivo (Dentro da Cabeça de Alguém)’
**Música**
– Jarbas Bittencourt – ‘Torto Arado: O Musical’
– Muato – ‘Vinte’
**Energia que Vem da Gente**
– Instituto Cerne, pela criação da Escola Popular de Teatro da Baixada e pela dedicação à formação e à programação cultural contínua em São João de Meriti
– Turma Ok, por por sua trajetória de mais de 60 anos enquanto lugar de acolhimento para pessoas LGBT, com apresentações artísticas e encontros sociais em forma de ações de resistência
INDICADOS PELO JÚRI DE SÃO PAULO
**Dramaturgia**
– José Fernando Peixoto de Azevedo – ‘Elisa em Fuga: Segundo Ensaio Sobre o Terror’
– Marcos Damaceno – ‘Nebulosa de Baco’
– Silvia Gomez – ‘Lady Tempestade’
**Direção**
– Jé Oliveira – ‘Pai Contra Mãe ou Você Está Me Ouvindo?’
– Luiz Fernando Marques (Lubi) – ‘Um Clássico: Matou a Família e Foi ao Cinema’
**Ator**
– Alexandre Galindo – ‘Veneno’
**Atriz**
– Rosana Stavis – ‘Nebulosa de Baco’
– Sirlea Aleixo – ‘Furacão’
**Cenário**
– Luh Maza – ‘Carne Viva’
– Marcia Moon – ‘O Papel de Parede Amarelo e Eu’
**Figurino**
– Eder Lopes – ‘Pai Contra Mãe ou Você Está Me Ouvindo?’
– Isabela Capeto – ‘Os Irmãos Karamázov’
**Iluminação**
– Aline Santini – ‘Carne Viva’
– Ricardo Vívian e Sarah Salgado – ‘Lady Tempestade’
**Música**
– Alzira E, Arnaldo Antunes, DJ K, Jéssica Caitano, Juçara Marçal, Kiko Dinucci, Maria Beraldo, Maria Esmeralda, Maurício Pereira, Negro Leo, Nuno Ramos, Rodrigo Campos, Rodrigo Ogi, Romulo Fróes e Tulipa Ruiz – ‘Avenida Paulista, da Consolação ao Paraíso’
– Clara Potiguara – ‘Tybyra: Uma Tragédia Indígena Brasileira’
**Energia que Vem da Gente**
– Cia Teatro Documentário, por duas décadas de trabalho pela valorização e revitalização de espaços na região da Bela Vista, com o envolvimento de moradores, como no espetáculo de rua Cavalo Bravo não se Amansa
– Teatro de Contêiner, pelo seu relevante trabalho com a população vulnerável do entorno do teatro, como a iniciativa “Tem Sentimento”, que oferece oficinas e atividades para a geração de renda de mulheres