SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou nesta quinta-feira (10) as taxas de 50% ao Brasil anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Um dia após ter dito que a população pagaria a conta por ações do presidente Lula (PT) e do STF (Supremo Tribunal Federal), Zema classificou a decisão de Trump, que avaliou como resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo e ao encontro dos Brics, como um erro.
“Esses erros e essas injustiças não devem ser consertados com mais injustiças e erros. A taxação imposta pelo presidente Trump a produtos brasileiros é uma medida errada e injusta. Ela precisa ser revista”, afirmou Zema nas redes sociais.
O governador, que já se coloca como presidenciável para 2026, defendeu novamente Bolsonaro, disse que o STF “já passou dos limites” e afirmou que há tentativas, por parte do governo Lula, de censurar a oposição ao petista nas redes, mas acrescentou que isso não pode prejudicar a população.
“Defender a liberdade não pode significar atacar quem trabalha e quem produz no Brasil”, disse ele.
Na noite dessa quarta (9), Zema foi o primeiro entre os quatro governadores apontados como presidenciáveis a se manifestar sobre o anúncio de Trump, que citou Bolsonaro na justificativa dada a Lula para aplicar as taxas.
“As empresas e os trabalhadores brasileiros vão pagar, mais uma vez, a conta do Lula, da Janja e do STF. Ignorar a boa diplomacia, promover perseguições, censura e ainda fazer provocações baratas vai custar caro para Minas e para o Brasil”, disse ele, sem outros comentários sobre as taxas.
Dos outros três, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) focaram as críticas na reunião dos Brics no Rio de Janeiro, no início desta semana, enquanto Ratinho Jr. (PSD-PR) não fez menções diretas à taxação, mas sim uma postagem dizendo ser contra a polarização na política.