Da Redação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ampliou sua política comercial agressiva ao anunciar, nesta segunda-feira (7), novas tarifas de importação contra mais sete países. As medidas passam a valer a partir de 1º de agosto e variam entre 25% e 36%, conforme o país de origem dos produtos.

Desta vez, os alvos são Tailândia e Camboja (com tarifas de 36%), Sérvia e Bangladesh (35%), Indonésia (32%), Bósnia (30%) e Tunísia (25%). O anúncio faz parte de um novo pacote que eleva para 14 o número de países impactados por essas medidas em um único dia — como já havia sido antecipado pela Casa Branca.

Segundo o governo americano, os países penalizados mantêm barreiras comerciais injustas, como impostos de importação e regras regulatórias que dificultam a entrada de produtos norte-americanos, mesmo se beneficiando do acesso ao mercado dos EUA.

Trump deixou claro que as tarifas só serão retiradas caso os países firmem acordos bilaterais até o fim de julho. Do contrário, a punição permanece. E mais: caso algum governo decida retaliar com tarifas próprias, os EUA responderão com aumentos proporcionais ou até superiores.

“Se optarem por subir suas tarifas, vamos apenas somar esse valor ao que já aplicamos”, afirmam os comunicados enviados às nações envolvidas. As novas medidas não substituem outras já existentes, nem impedem novas taxações específicas por setor ou produto. Além disso, os EUA alertaram que mercadorias redirecionadas por terceiros para escapar da tributação poderão ser taxadas com as tarifas mais altas — embora os critérios para isso ainda não estejam claros.

A iniciativa reforça a estratégia de Trump de pressionar seus parceiros comerciais a renegociarem termos favoráveis aos Estados Unidos — mesmo que isso represente um endurecimento das relações multilaterais.