Da Redação

Dona Ruth Moreira, mãe da cantora Marília Mendonça, está no centro de uma nova controvérsia envolvendo o trágico acidente aéreo que matou a artista em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga (MG). Segundo informações divulgadas pelo jornalista Ricardo Feltrin, ela estaria sendo acusada de tentar ficar com metade do valor do seguro destinado às demais vítimas do voo.

De acordo com a apuração, a apólice de seguro do avião previa um total de 1 milhão de dólares em indenizações — 200 mil para cada uma das cinco vítimas. No entanto, menos de 24 horas após o acidente, Dona Ruth teria procurado a seguradora e proposto ficar com US$ 500 mil, o equivalente à parte dos outros quatro passageiros. O argumento seria de que Marília era a figura central do voo e, portanto, deveria receber uma compensação superior.

Ainda segundo Feltrin, ela teria reunido os familiares das vítimas e deixado claro que, caso houvesse discordância, levaria o caso à Justiça, afirmando ter condições financeiras para sustentar um longo processo judicial. A decisão, segundo relatos, afetou inclusive a parte que caberia a Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor de Marília, também morto no acidente.

A denúncia provocou forte reação. George Freitas, pai de Henrique Bahia — produtor da cantora e uma das vítimas —, celebrou a publicação da matéria: “Esperamos por isso há anos”, afirmou.

Além de Marília, Henrique e Abicieli, o acidente tirou a vida do piloto Geraldo Martins de Medeiros e do co-piloto Tarciso Pessoa Viana.

Defesa de Dona Ruth contesta acusações

Por meio de nota, o advogado Robson Cunha, representante de Dona Ruth, negou veementemente as acusações. Ele afirmou que todo o valor do seguro foi destinado ao filho de Marília, Léo, fruto do relacionamento com o cantor Murilo Huff, e que a quantia permanece sob sua titularidade até hoje.

“O acordo foi firmado entre os herdeiros e homologado judicialmente. Não houve qualquer tipo de retenção indevida por parte de Dona Ruth”, declarou Cunha. Ele também atribuiu as denúncias a uma campanha de difamação contra sua cliente, especialmente no contexto do processo de guarda do menino Léo. “É uma tentativa cruel de destruir a imagem de uma mãe que já sofreu o suficiente”, finalizou.