SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Novos ataques russos com drones causaram a morte de ao menos quatro pessoas e deixaram outras 32 feridas na Ucrânia nesta segunda-feira (7).
Além da ofensiva, a Rússia reivindicou o controle da região ucraniana de Dnipropetrovsk.
A ofensiva da Rússia contra a Ucrânia atingiu diversas partes do país nesta segunda-feira. Os drones foram lançados no interior do país e na capital Kiev, onde a prefeitura informou haver danos, mas sem vítimas.
Duas das mortes foram registradas na região de Sumy, uma em Kherson e a última na cidade portuária de Odessa. Entre os feridos, 23 estão em Kharkiv e outras cinco Dnipropetrovsk, segundo os governadores e prefeitos das áreas afetadas.
Rússia diz que derrubou drones ucranianos. Junto com a confirmação do ataque contra a Ucrânia, o Ministério da Defesa informou que derrubou 91 drones ucranianos durante esta noite, oito deles na região de Moscou e vários em zonas fronteiriças.
Este é o segundo ataque russo em três dias. Na última sexta-feira (4), a Rússia lançou o maior ataque com drones e mísseis contra a Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Foram 530 drones e mais de uma dezena de mísseis contra Kiev, onde duas pessoas morreram.
RÚSSIA ANUNCIA CONTROLE DE MAIS UMA REGIÃO DA UCRÂNIA
O Exército da Rússia disse nesta segunda-feira que assumiu o controle da região ucraniana de Dnipropetrovsk. Esta é a primeira vez, desde o início da guerra em 2022, que as tropas russas avançam na porção centro-leste da Ucrânia.
Ucrânia conseguiu impedir outra ofensiva russa. Também nesta segunda, o exército da Ucrânia comunicou ter impedido uma ofensiva da Rússia em uma área próxima a Dachne.
Apesar da resistência ucraniana, avanço russo é significativo. A entrada dos militares em Dnipropetrovsk representa um revés simbólico para as tropas ucranianas, que lutam com dificuldades devido à falta de soldados e de armamento.
Além disso, um avanço dos russos pode ter um valor estratégico para as negociações destinadas a resolver o conflito.
Território da Criméia está sob controle russo desde 2014. A Rússia exige que a Ucrânia ceda outras quatro regiões, além da Crimeia, e que desista do processo de adesão à Otan, condições inaceitáveis para Kiev, que exige a retirada das tropas russas de seu território.