RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Tema frequentemente explorado na literatura e no audiovisual, a rivalidade entre irmãos é um assunto que costuma render bons conflitos e, claro, audiência. Em “Guerreiros do Sol”, o duelo entre Josué (Thomás Aquino) e Arduíno é um dos elementos centrais da produção. Na pele do cangaceiro que se tornou policial por sede de vingança está Irandhir Santos.
Em conversa com o F5, Irandhir, 46, contou o que o atraiu no personagem: “Quando li o roteiro, achei a história tão forte, passada em um lugar de muito sol e com personagens potentes. O Arduíno logo me soou como uma mancha, um tipo de sombra. Adoro as primeiras percepções de tudo, e isso acaba me movendo. Não tinha como não fazê-lo.”
Pernambucano de Barreiros –a 102 km da capital, Recife– o ator está em seu oitavo trabalho na Globo. Ele já atuou em “A Pedra do Reino” (2007), “Amores Roubados” (2014), “Meu Pedacinho de Chão”(2014), “Velho Chico” (2016), “Onde Nascem os Fortes” (2018), “Amor de Mãe” (2019-2021) e “Pantanal” (2022).
Para ele, Arduíno é seu segundo personagem “contraponto” na carreira. Irandhir parece que não aprecia a definição rígida de arquétipos como mocinhos e vilões. “Os personagens são humanos”, afirma o ator.
“Por ser o primogênito dos Alencar, na cabeça dele, ele é naturalmente o líder, aquele que comanda qualquer história. Só que ele não nasce com essa vocação, e percebe que Josué sim, e isso o faz sofrer”, explica. “Pra mim, Arduíno não quer apenas ser o líder, mas ser, aos olhos do pai, o escolhido”, acrescenta.
Irandhir Santos também reflete sobre a importância de ver produções nordestinas na TV, com elenco e narrativas locais: “É um movimento bem interessante, porque vejo a palavra ‘brasileiro’ meio que substituindo ou tomando o lugar dos diferentes territórios que o Brasil oferece. É claro que a gente sempre vai falar do Nordeste, mas acho que, quando conto essa história, estou falando do Brasil como um todo. Em ‘Guerreiros’, não estamos falando apenas do Nordeste, estamos falando do Brasil.”