SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O poeta paulistano Régis Bonvicino morreu na manhã deste sábado, aos 70 anos. Ele estava de férias com a família em Roma, onde sofreu uma queda e havia ficado internado por uma semana. A informação foi confirmada por sua mulher, a psicanalista Darly Menconi.

Segundo ela, Bonvicino estava interessado em fazer pesquisas e conhecer locações sobre o cinema italiano. Ele deixa Menconi e um filho de 15 anos.

Bonvicino fez parte de uma geração de autores brasileiros que surgiu com o declínio da poesia concreta. Seu trabalho reflete sobretudo a condição precária da vida urbana contemporânea e foi reconhecido internacionalmente.

Ele participou de diversos eventos literários e teve livros publicados em outros países, traduzido para línguas como inglês, espanhol e mandarim. Uma seleção de seus poemas foi publicada em inglês, em 2017: “Beyond the Wall: New Selected Poems”.

Bonvicino também é formado em direito pela USP. Ele começou no mundo literário em 1975, escrevendo como colunista em jornais e revistas, incluindo a Folha.

Seu trabalho mais recente foi “A Nova Utopia”, de 2022. Em 2019, ele havia publicado “Deus Devolve o Revólver”, álbum sonoro com 20 poesias inéditas declamadas por ele. Ele publicou livros como “Até Agora”, de 2010, reunião de suas obras, e “Estado Crítico”, de textos inéditos, em 2013, no qual abordava o cotidiano em colapso com humor cáustico.