SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de São Paulo informou nesta sexta (4) ter encontrado novos casos de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade) em três aves silvestres no Parque do Ibirapuera, zona sul da capital paulista.

Os casos foram confirmados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária. Em nota, o governo disse que as aves não são residentes do parque, por isso não existe a necessidade de fechamento do local.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento informou que as autoridades trabalharão em conjunto com a administração do parque e a prefeitura paulista para intensificar as atividades de educação sanitária junto aos frequentadores do Ibirapuera e evitar a proliferação da doença.

“Importante ressaltar que não há risco à população, nem impacto na produção avícola, e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro”, disse a secretaria em nota. O status sanitário de São Paulo e do Brasil seguem inalterados e não existem embargos nas exportações de carne e ovos.

De acordo com o governo, equipes da divisão de fauna silvestre da prefeitura e de um programa estadual de sanidade avícola (PESA) realizam vistorias clínicas diárias no parque. Eles informaram que, até o momento, não existem sinais de sintomatologia compatível com a influenza aviária -o que evitará também o sacrifício de animais que pudessem estar infectados.

Dados mais recentes do Ministério da Agricultura mostram que, neste ano, o país já registrou 11 focos de gripe aviária -cada foco é uma unidade epidemiológica na qual foi confirmado pelo menos um caso da doença.

Dos casos confirmados, a maioria envolvia aves silvestres. Segundo a Defesa Agropecuária, aves silvestres, principalmente as aquáticas, patos e marrecos, são reservatórios de gripe aviária e podem disseminar o vírus sem apresentar sinais clínicos. O período de incubação varia de algumas horas até 14 dias.

A orientação das autoridades é que o público evite manipular aves doentes ou mortas e acionem a Defesa Agropecuária imediatamente em casos de suspeita ou se forem encontradas aves mortas.

Os sinais clínicos mais comuns envolvem tremores na cabeça e no corpo, dificuldade respiratória, coriza nasal e/ou espirros, falta de resposta à tentativa de apanha, asas caídas, torção de cabeça e pescoço; incoordenação e perda de equilíbrio e andar em círculos.