Da Redação
Na tentativa de lucrar de dentro da cadeia, um mecânico de 24 anos acabou se complicando ainda mais com a Justiça. Na noite de quinta-feira (3/7), ele foi preso em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, após roubar um celular — mas o que mais chamou a atenção das autoridades foi o verdadeiro plano por trás do crime: o homem havia engolido 110 gramas de maconha, divididas em 94 cápsulas, com o objetivo de traficar a droga dentro da unidade prisional.
Ao dar entrada na Casa de Prisão Provisória de Formosa, o jovem foi flagrado pelo escâner corporal da unidade. O equipamento detectou o material ingerido, frustrando seu plano de vender a droga para outros detentos. Segundo a Polícia Penal, o próprio suspeito revelou que pretendia regurgitar as cápsulas e repassá-las aos colegas de cela, em troca de dinheiro que seria pago fora do presídio.
“Ele contou que imaginava ser solto em dois ou três dias com alvará judicial, o que lhe permitiria receber o valor combinado. Já sabia que não teria como circular dinheiro lá dentro”, explicou o coordenador da 8ª Regional da Polícia Penal, Ayle Barbosa dos Reis Balbino.
O mecânico não é novato no sistema penal. Ele já tinha passagem por homicídio e havia cumprido parte da pena em Simolândia e Formosa, sendo beneficiado recentemente com o regime semiaberto. Agora, além de responder pelo roubo, enfrentará novas acusações por tentativa de tráfico de drogas dentro do presídio.
O caso levanta um alerta sobre estratégias cada vez mais criativas — e perigosas — de internos e egressos do sistema prisional para manter o tráfico ativo dentro das cadeias.