SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A morte da brasileira Juliana Marins no monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, está provocando uma pequena revolução no turismo local. Nesta quinta-feira (3), o Ministério do Turismo local anunciou que intensificará os protocolos de segurança em todas as trilhas do país asiático, principalmente, no Monte Rinjani.
Essa decisão ocorreu após uma revisão dos protocolos de segurança e supervisão com o Ministério do Meio Ambiente, a Basarnas (Agência de Busca e Salvamento) e governos locais.
“Evitamos que este incidente se repita. O ministério aumentará a supervisão e avaliação para garantir que todas as atividades em atrações turísticas extremas sigam os regulamentos e padrões aplicáveis por meio de monitoramento”, disse o vice-ministro para desenvolvimento de destinos e infraestrutura, Haryanto Dhanutirto, à imprensa local.
Entre as ações a serem tomadas está intensificar a fiscalização de agências de viagens certificadas, de operadores e guias turísticos para melhorar os aspectos de segurança e proteção nas atrações extremas.
De acordo com Dhanutirto, o Ministério do Turismo também propôs a construção de um centro de resgate e treinamento para carregadores e guias de montanha para desenvolver suas competências de resgate.
“Para acompanhamento a médio prazo, equipamentos adicionais de comunicação de emergência serão fornecidos para postos de apoio, guias, carregadores e outros”, acrescentou.
Outros esforços a médio prazo incluirão a adição de equipamentos de emergência em postos de apoio como uma etapa inicial de salvamento antes da chegada da equipe oficial de resgate, treinamento em resgate de emergência para guias de montanha e carregadores, e digitalização da Rota Rinjani 360 para materiais de orientação para alpinistas, informou o oficial.
A longo prazo, o governo planeja construir postos de apoio adicionais na rota de escalada e equipar cada posto com equipamentos de resgate de emergência.
“Também colaboraremos com a Basarnas para garantir que guias turísticos e carregadores tenham passado por treinamento de segurança e proteção para fornecer primeiros socorros aos turistas antes da chegada da equipe SAR”, acrescentou Dhanutirto.
Paralelamente, a polícia da ilha de Lombok anunciou na segunda (30) que já ouviu testemunhas e inspecionou o local onde Juliana caiu para tentar identificar se houve qualquer tipo de irregularidade na morte dela.
O corpo da publicitária chegou ao Brasil na noite de terça (1º), trazido pela FAB (Força Aérea Brasileira), que fez o transporte de Guarulhos (SP) até a Base Aérea do Galeão, na zona norte do Rio.
No dia seguinte, o Instituto Médico Legal do Rio realizou uma nova autópsia. Segundo o Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, o exame começou às 8h30 e durou pouco menos de duas horas e meia.
Dois peritos legistas da Polícia Civil conduziram o exame, que foi acompanhado por um perito da Polícia Federal, um assistente técnico da família e pela irmã de Juliana, Mariana Marins. O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.
E nesta sexta-feira (4) será realizado o velório no Cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ), cidade onde ela vivia com a família. A cerimônia de despedida será aberta ao público até meio-dia e depois será restrita à família e amigos das 12h30 às 15h. Na sequência, o corpo será cremado.