RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira (3) operação contra um grupo suspeito de abastecer o Complexo do Alemão, na zona norte carioca, com armas e drogas. Os suspeitos são ligados às facções criminosas CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital).

Duas pessoas foram presas. Em Taubaté, no interior de São Paulo, uma mulher foi presa sob suspeita de ser a ligação entre fornecedores de armas de Mato Grosso do Sul e o traficante Fhillip da Silva Gregório, o Professor, chefe do Complexo do Alemão que morreu em junho.

Ela é ex-mulher de um homem apontado como chefe do PCC, preso no Rio em 2020 e suspeito de atuar na fronteira do Brasil com o Paraguai.

A mulher não teve o nome divulgado pela polícia.

Um homem foi preso no Rio de Janeiro. Segundo investigações, ele atuava para circular a receita do Comando Vermelho, coordenando eventos em comunidades a fim de lavar o dinheiro. Ele também não teve a identidade revelada.

Iniciada após análises de conversas em celulares e computadores apreendidos, a investigação apontou a criação de empresas de fachada e de contas bancárias de laranjas.

O grupo investigado movimentou mais de R$ 250 milhões. A polícia não informou em quanto tempo o valor foi gerado.

Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor e apontado como um dos líderes da cúpula do Comando Vermelho e principal comprador de armas da facção, morreu no dia 1° de junho.

Segundo a polícia, ele teria cometido suicídio. De acordo com uma testemunha, que seria uma mulher com quem ele mantinha um relacionamento extraconjugal, o traficante não aceitava o fim do relacionamento.

Foragido desde 2018, após fugir do sistema prisional, ele se escondia no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.