SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A USP investiga uma suposta agressão praticada por um funcionário contra quatro estudantes nesta terça-feira (1º).
Os alunos afirmam ter sido puxados pelos cabelos e jogados no chão durante uma discussão, além de sofrido xingamentos. O suspeito foi identificado como Newton Macedo Borges Marçal, funcionário do Serviço de Fiscalização de Obras.
Procurada, a instituição confirmou a apuração do caso. A reportagem tentou, por meio da assessoria da universidade, contato com Newton. A resposta foi que ele não falaria, mas registrou um boletim de ocorrência contra os acusadores.
No momento do ocorrido, o suspeito estava nas dependências do Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo) para acompanhar a instalação de grades para controle de acesso no bloco D da moradia. Os residentes, dentre os quais estão as supostas vítimas, são contra a iniciativa e impedem que ela seja concretizada desde meados de 2024.
Um grupo de alunos diz ter ido até o local da construção para conversar com Newton, apontado como o responsável pela ação. Segundo os presentes, o servidor da universidade afirmou ser possível interromper os trabalhos somente com ordem da PRIP (Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento), responsável pela habitação.
Depois disso, ainda de acordo com testemunhas, o estudante Daniel Lustosa teria ido até a entrada da obra e pedido a paralisação da instalação até contato com a pró-reitoria.
Segundo Lustosa, nesse momento o suspeito o segurou pelo casaco e o jogou no chão, agarrando o estudante até a chegada da Guarda Universitária para separá-los.
Na sequência, o suspeito discutiu com os estudantes, como mostram vídeos gravados por pessoas que estavam no local.
Segundo os alunos, Newton teria deixado o local em seguida, mas retornado e investido contra outros três moradores, tendo inclusive puxado os cabelos da presidente da AmorCrusp (associação de moradores), Giovana Oliveira, e a jogado no chão.
Os estudantes registraram o caso na Guarda Universitária, fizeram um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediram uma sindicância contra o funcionário. A PRIP e a SEF (Superintendência do Espaço Físico), na qual trabalha o suspeito, estão responsáveis pela averiguação interna do episódio.