Da Redação
Os recentes ataques dos Estados Unidos ao Irã impactaram diretamente o avanço do programa nuclear iraniano, segundo avaliação do Departamento de Defesa norte-americano. De acordo com o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, as operações militares autorizadas pelo ex-presidente Donald Trump resultaram em um retrocesso significativo nos planos nucleares de Teerã.
“A estimativa da comunidade de inteligência do Departamento de Defesa é que conseguimos interromper o programa entre um e dois anos. Tudo indica que o impacto se aproxima mais dos dois anos”, afirmou Parnell em coletiva.
A declaração foi feita no mesmo dia em que o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, sancionou uma nova lei que suspende oficialmente a colaboração do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), medida que já havia sido aprovada pelo Parlamento e sinaliza uma escalada nas tensões diplomáticas com o Ocidente.
Os ataques aéreos dos EUA ocorreram em 22 de junho e tiveram como alvo três instalações nucleares estratégicas no território iraniano. As ofensivas envolveram o uso de armamento pesado, como bombas penetrantes bunker-buster de 13.600 quilos e mais de 20 mísseis de cruzeiro Tomahawk, projetados para atingir estruturas subterrâneas fortificadas.
A ação militar, além de paralisar temporariamente o desenvolvimento nuclear do Irã, aumenta o clima de instabilidade geopolítica na região e deve repercutir nos próximos desdobramentos diplomáticos entre Washington, Teerã e a comunidade internacional.