Da Redação

Em um dia marcado pelo otimismo cambial e ajustes no mercado acionário, o dólar comercial caiu com força nesta quarta-feira (2), encerrando cotado a R$ 5,421 — o menor valor registrado desde agosto do ano passado. A desvalorização diária foi de 0,75%, impulsionada principalmente pelo cenário externo favorável a economias emergentes.

A moeda norte-americana chegou a atingir R$ 5,41 no fim da tarde, refletindo o apetite de investidores por ativos de países exportadores de commodities, como o Brasil. Com o resultado, o dólar acumula queda de mais de 12% em 2025, em movimento que sugere maior confiança internacional na economia brasileira.

No mercado acionário, o dia foi de leve correção. O Ibovespa, principal índice da B3, cedeu 0,36% e fechou aos 139.051 pontos. Apesar do bom desempenho de ações ligadas a petróleo e mineração, o avanço recente de papéis de grandes bancos motivou a realização de lucros, puxando o índice para baixo.

Sem grandes eventos no cenário doméstico, o foco do mercado se voltou para os Estados Unidos, onde novos dados reforçam a desaceleração do mercado de trabalho. Com a menor criação de empregos, cresce a expectativa de que o Federal Reserve possa antecipar cortes na taxa de juros — o que favorece o fluxo de capitais para países em desenvolvimento.

O enfraquecimento do dólar globalmente, somado à valorização de commodities como petróleo e minério de ferro, reforça o bom momento para economias exportadoras. O Brasil, nesse cenário, segue atraindo investidores em busca de rendimento mais alto e oportunidades em mercados emergentes.