RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Em visita ao Brasil na semana passada, o cineasta James Gunn, diretor do novo “Superman”, disse que está está mais interessado no que há de humano nas histórias do super-herói —o que inclui as guerras que se desenrolam no mundo real, e não somente as que o personagem trava contra extraterrestres.

Na trama do novo filme, o Super-Homem, já estabelecido na Terra, precisa acabar com um conflito armado incitado pelo vilão Lex Luthor. O longa estreia na próxima quinta-feira, dia 10.

“Ao escrever o roteiro, pensei: ‘Esse é um mundo fictício com robôs, cães voadores e monstros gigantes, mas e se o Super-Homem fosse real? Como ele entraria em conflito ou apoiaria os governos? Ele seria um problema [na política]? Como no nosso mundo, no universo da DC também há guerras”, diz o diretor.

Segundo David Corenswet, que interpreta essa nova versão do personagem, um dos maiores acertos do filme é sua capacidade de debater política sem fazer o herói se tornar partidário. “Ele não representa um governo ou um país, mas ideais. E, acima disso, quer representar a si mesmo e seu desejo de fazer o bem, de ser um de nós, de elevar a humanidade.”

Rachel Brosnahan, escalada para o papel da jornalista Lois Lane, o interesse romântico de Super-Homem, acrescenta que este filme deve levar os fãs a questionarem os conceitos de força, união e comunidade. “O que nos mantém em movimento, o que nos une? Isso parece particularmente importante agora.”

Crítico a Donald Trump, James Gunn foi demitido da Marvel em 2018 após apoiadores do presidente americano resgatarem posts do diretor considerados ofensivos, com piadas sobre pedofilia e estupro. À época, o cineasta pediu desculpas e disse que não era mais aquela pessoa. Sob pressão dos fãs, a Marvel recontratou Gunn e deu a ele a direção do último filme da trilogia “Guardiões da Galáxia”.

No ano passado, Gunn foi contratado pela DC para liderar o recomeço da marca nos cinemas após filmes como “Adão Negro” e “Aquaman 2”, que não tiveram bons desempenho nas bilheterias. No mesmo estúdio, o diretor já havia feito a versão celebrada de “O Esquadrão Suicida”, em 2021, depois de uma encarnação malrecebida do grupo, e uma série de TV do personagem Pacificador.

SUPERMAN

– Quando Qui., dia 10, nos cinemas

– Elenco David Corenswet, Nicholas Hoult e Rachel Brosnahan

– Produção Estados Unidos, 2025

– Direção James Gunn