SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma tubulação de água da Sabesp se rompeu por volta das 5h desta quarta-feira (2) na rua Chico de Paula e alagou um condomínio e outras casas do bairro da Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo.

A força da água foi tão grande que abriu uma cratera na rua e provocou rachaduras nas casas vizinhas. Na residência que fica logo à frente do local apareceram grandes rachaduras nas paredes e no chão, e o portão da frente caiu com o desnível provocado.

Com isso, a Defesa Civil municipal teve de interditar a casa e avisou que provavelmente o imóvel terá de ser demolido. Uma outra residência também foi interditada.

Como a rua fica em uma região mais alta, a água que saiu da tubulação passou pelo terreno onde está sendo construído um prédio, ficou suja de barro e acabou invadindo os imóveis das ruas de baixo.

Um condomínio foi totalmente alagado, cobrindo tanto a quadra esportiva quanto a piscina, além de entrar no poço do elevador e nas demais áreas sociais. Com isso, houve danos na rede elétrica e no funcionamento dos elevadores. A boa notícia é que a Defesa Civil fez análise do prédio e não identificou problemas estruturais.

Após a Sabesp desligar a rede de água, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) fechou a rua para os trabalhos de recuperação da tubulação, que, segundo a companhia de saneamento básico, começaram logo após o rompimento.

Em nota à Folha de S.Paulo, a empresa informou que os reparos serão concluídos em 48 horas e o fornecimento de água na região está previsto para começar a ser restabelecido na noite desta quinta-feira (3).

“Enquanto isso, a empresa orienta que os clientes da região façam uso consciente da reserva armazenada em suas caixas d’água para evitar desabastecimento. A empresa vai atender os casos emergenciais com caminhão-pipa”, diz a Sabesp, que pediu desculpas pelos transtornos e disse que irá ressarcir os proprietários dos imóveis diretamente afetados pelos danos causados.

A Enel também foi acionada para desligar a rede elétrica da rua, uma vez que o poste em frente à cratera corria risco de cair, pela movimentação da terra no subsolo.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que a Subprefeitura Freguesia/Brasilândia segue prestando assistência no local e uma perícia será feita para verificar as causas do vazamento, em conjunto com a polícia.

Moradores da rua, no entanto, relataram à rádio BandNews que nos últimos dias os operários que construíam o prédio estavam batendo estacas para fazer a fundação do edifício, o que poderia ter desestabilizado a terra e provocado o rompimento.

A subprefeitura e a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento disseram que o empreendimento é privado e possui alvará. E que a empresa responsável pela obra possui todas as documentações necessárias.

“A Subprefeitura Freguesia/Brasilândia inicia nesta quinta-feira (3) uma ação de limpeza emergencial na região. As equipes entrarão com o hidrojato para desobstruir os bueiros que foram comprometidos pelo acúmulo de barro arrastado pela água. Além disso, será realizada a limpeza completa da via, com a retirada do barro acumulado nas sarjetas, garantindo a fluidez da água”, afirmou a gestão Ricardo Nunes (MDB).