PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – O Ministério do Exterior chinês confirmou nesta quarta-feira (2), em Pequim, que o primeiro-ministro Li Qiang vai representar o país na 17ª cúpula do grupo Brics, de 5 a 8 de julho no Rio de Janeiro. O órgão não informou o motivo para o líder Xi Jinping não comparecer.
Também já anunciaram suas ausências os chefes de Estado da Rússia e do Egito, Vladimir Putin e Abdel Fattah al-Sisi. Outros dois que decidiram enviar representantes em vez de aceitar o convite brasileiro foram os presidentes da Turquia, Recep Erdogan, e do México, Claudia Sheinbaum.
Em fevereiro, o chanceler chinês, Wang Yi, já havia informado o assessor do Palácio do Planalto, Celso Amorim, que Xi estava com “dificuldades de agenda” para participar da cúpula, sem detalhar quais.
Pouco antes, em novembro, o líder havia visitado o presidente Lula, que rejeitou então a entrada do Brasil na Iniciativa Cinturão e Rota, programa para investimento em infraestrutura, frustrando os projetos chineses para o setor no país. Brasília recusou até mesmo o casal de pandas oferecido por Pequim durante as negociações.
Com a viagem de Lula em maio para o Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe), que vinha sendo cobrada por Pequim, a expectativa era de que Xi retribuísse na cúpula Brics. A viagem resultou no anúncio de inversões de empresas chinesas no Brasil, mas não diminuiu a resistência ao encontro no Rio.
Além do Brasil, o premiê chinês também deve visitar o Egito, de 9 a 10 de julho, segundo o Ministério do Exterior.