Walison Veríssimo
A morte do cartunista e jornalista Jorge Braga, ocorrida nesta terça-feira (1º), gerou uma onda de manifestações de pesar entre autoridades goianas. Com traço inconfundível e humor afiado, Braga marcou gerações com suas charges políticas e personagens irreverentes, como Super Badião, Romãozinho e Perebão.
O governador Ronaldo Caiado lembrou da trajetória de Braga, que chegou a Goiânia nos anos 1970 e consolidou-se como uma das grandes personalidades culturais do estado. “Foi sobretudo um artista que, como poucos, retratou com humor e crítica refinados os principais acontecimentos das últimas cinco décadas; da política ao esporte, passando pela cultura e comportamento”, escreveu em nota. Caiado ainda destacou o compromisso de manter viva a Gibiteca Jorge Braga, equipamento cultural criado em 1994 e mantido pelo Governo de Goiás. “Fica aqui meu compromisso de continuar cuidando deste importante equipamento cultural para que sua memória seja sempre honrada”, afirmou.
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, também prestou homenagem ao cartunista, lembrando a importância de sua obra para a formação do imaginário popular goiano. “Suas charges estamparam os principais jornais de Goiás. Jorge Braga é considerado um dos principais ilustradores do Brasil”, afirmou. Ao lado da primeira-dama Karolyna de Freitas, Mabel também ressaltou o papel da Gibiteca Jorge Braga como espaço de incentivo à leitura e valorização dos quadrinhos há mais de 30 anos.
O vice-governador Daniel Vilela reforçou a importância do artista com uma homenagem emocionada. “Goiás perde um talento imenso e um artista por quem sempre tive admiração e respeito. Com seu traço único e uma ironia afiada, Jorge Braga nos fez rir, pensar e até engasgar de vez em quando com a realidade retratada em suas charges. Que sua arte siga viva entre nós, como legado de quem soube retratar a vida com leveza e verdade.”
Jorge Braga atuava há décadas na redação do jornal O Popular e estava afastado nos últimos meses para tratamento de saúde. Natural de Patos de Minas (MG), foi em Goiás que construiu sua trajetória como um dos principais nomes do quadrinismo e do humor gráfico no Brasil.
