SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bob Vylan, que gritou palavras de ordem contra as Forças de Defesa de Israel durante show no Festival de Glastonbury neste sábado (28), negou acusações de antissemitismo. Os artistas divulgaram um comunicado sobre o ocorrido nesta terça-feira (1°).
“Não somos a favor da morte de judeus, árabes ou qualquer outra raça ou grupo de pessoas. Somos a favor do desmantelamento de uma máquina militar violenta. Uma máquina cujos próprios soldados foram instruídos a usar ‘força letal desnecessária’ contra civis inocentes que esperavam por ajuda. Uma máquina que destruiu grande de Gaza”, escreveu a dupla.
“Nós, como aqueles sob os holofotes antes de nós, não somos a história. Somos uma distração da história”, continua. “Quanto mais tempo eles falam sobre Bob Vylan, menos tempo passam respondendo por sua inanição criminosa. Estamos sendo alvejados por falar. Não somos os primeiros. Não seremos os últimos”.
Bobby e Bobbie Vylan formam a dupla de punk e hip hop que, durante a apresentação, gritou “Palestina livre”, “morte às Forças de Defesa de Israel” e “do rio ao mar, a Palestina será livre”.
Os gritos deste sábado foram condenados pelo governo britânico, que abriu investigação policial sobre o ocorrido, além da organização do festival, da Embaixada de Israel no Reino Unido e de milhares de internautas.
A BBC, que transmitia o show, pediu desculpas. “Os sentimentos antissemitas expressos por Bob Vylan foram totalmente inaceitáveis e não têm lugar em nossas ondas de rádio”, disse a emissora.
Bob Vylan não foi o único ato a falar da situação na Faixa de Gaza no festival. O trio de rap Kneecap, da Irlanda, também liderou cânticos contra Israel. Um dos integrantes do grupo, Mo Chara, foi acusado de terrorismo em 2024 por exibir a bandeira do Hezbollah em um show.