BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A Justiça do Equador condenou nesta segunda-feira (30) o ex-vice-presidente Jorge Glas a 13 anos de prisão por corrupção. Ele já estava preso desde abril de 2024 e fica inabilitado para ocupar cargos públicos.
Glas já cumpriu parte de uma pena de oito anos por outros dois casos de corrupção. Desta vez, ele era acusado de peculato ao liderar um comitê que deveria trabalhar na reconstrução após um terremoto devastador em 2016.
A juíza Mercedes Caicedo destacou que ele e o secretário do comitê, Carlos Bernal, priorizaram obras não essenciais em vez da emergência causada pelo desastre, que deixou quase 700 mortos.
Bernal também recebeu a mesma pena e ambos devem pagar uma multa de US$ 250 milhões.
Glas foi vice-presidente do Equador durante o governo socialista de Rafael Correa (2007-2017) e de seu sucessor, Lenín Moreno (2017-2021).
Ele foi afastado do cargo no início do governo Moreno, acusado de corrupção em um caso envolvendo a Odebrecht em janeiro de 2018.
O político cumpria prisão desde 2017, foi libertado após um habeas corpus em 2022, que foi posteriormente revogado.
A sua prisão, em abril de 2024, causou um conflito diplomático com o México, após o político solicitar asilo na embaixada mexicana em Quito e um grupo de policiais equatorianos invadir o edifício.
Em dezembro passado, o Equador rejeitou um pedido da Venezuela para conceder um salvo-conduto a Glas, em troca de o regime de Nicolás Maduro fazer o mesmo com seis opositores ao chavismo refugiados na embaixada da Argentina em Caracas.