SÃO PALO, SP (FOLHAPRESS) – O publicitário Adriano Campos Pedreira, 37, morreu na noite de domingo (29) após permanecer cerca de 20 dias internado em coma na Santa Casa, no centro de São Paulo.

O homem foi agredido por um grupo de criminosos durante um roubo ao passar por uma passarela na Barra Funda na madrugada de 8 de junho.

“Meu irmão é mais uma vítima da violência da cidade. Muito triste, muito revoltante”, disse para a reportagem Joana Campos, irmã mais velha do publicitário.

“Ele era um cara sensacional. Torcedor do Corinthians, tocava piano e tinha uma legião de amigos. Todos arrasados. Espero que a região melhore. E que não aconteça isso com mais ninguém”, acrescentou ela.

Adriano seguia para casa quando foi abordada por um grupo formado por quatro ou cinco pessoas no meio de uma passarela que liga as ruas Sousa Lima e Luigi Greco. A suspeita é que ao menos parte deles era menor de 18 anos.

A passarela passa sobre os trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), e fica próxima da favela do Moinho e da estação Barra Funda.

Após ser agredido, Pedreira seguiu para casa. No caminho encontrou um vigilante na rua, contratado por moradores de condomínios ao redor, e contou o que havia ocorrido. Segundo relato de familiares, ele chegou nervoso na residência e explicou que seu celular havia sido roubado e que tinha apanhado ao passar pela passarela.

Com muitas dores, tomou um medicamento e foi dormir, mas não acordou no dia seguinte. A família então chamou uma ambulância e ele foi levado para a Santa Casa.

A investigação da Polícia Civil tem como foco ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança.

A região, repleta de bares e lanchonetes, sofre diariamente com ataques de assaltantes em bicicletas, grupo conhecido como gangue da bike. Após furtarem os celulares das mãos de pedestres, eles vendem os telefones aos inúmeros receptadores que atuam na região central.

“Ele só estava voltando para casa, e perdeu a vida por um celular. É revoltante. Essa passarela precisa ser iluminada e segura”, completou Joana.