SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Pelo menos 935 iranianos morreram no confronto contra Israel durante os 12 dias de guerra, segundo o porta-voz do judiciário do país Asghar Jahangir.

Entre os mortos estão 132 mulheres e 38 crianças. Segundo a agência estatal IRNA, a atualização dos números foi feita com base em análises forenses dos últimos dias.

Balanço anterior era de 610 mortes. Mais de 5 mil pessoas ficaram feridas nos ataques, segundo o governo.

Do lado israelense, morreram 28 pessoas. A mais velha era um sobrevivente do holocausto de 95 anos. A mais nova, uma criança de sete anos com nacionalidade ucraniana. Ao todo, 3.238 pessoas ficaram feridas no país, segundo dados do governo de Israel.

O CONFLITO

Conflito entre Irã e Israel começou em 13 de junho. Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque-surpresa contra o país, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos. O país persa diz que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações. Apesar disso, a agência declarou que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos EUA afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares. Mas diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.