Da Redação

Estudantes estrangeiros que pretendem estudar nos Estados Unidos agora enfrentarão uma triagem mais rigorosa. A embaixada americana no Brasil anunciou nesta quarta-feira (25) uma nova diretriz que exige que todos os solicitantes de visto estudantil (categorias F, M e J) tornem seus perfis em redes sociais públicos durante o processo de análise. Além disso, será obrigatório informar todos os perfis utilizados nos últimos cinco anos.

De acordo com comunicado oficial, a medida tem como objetivo intensificar o controle de segurança nas fronteiras e evitar a entrada de pessoas consideradas potencialmente perigosas. A embaixada reforçou que a concessão de visto “é um privilégio, não um direito”, e que o processo passará por uma checagem minuciosa, incluindo o histórico online dos candidatos.

As categorias afetadas pela nova política incluem estudantes de instituições acadêmicas (visto F), cursos técnicos ou vocacionais (visto M), além de participantes de programas de intercâmbio educacional e cultural (visto J). A mudança segue diretrizes já aprovadas pelo Departamento de Estado dos EUA e está alinhada com o reforço de medidas adotadas durante a gestão de Donald Trump.

“A verificação aprofundada busca garantir que os solicitantes não apresentem risco à segurança nacional nem desviem das finalidades declaradas para sua entrada no país”, diz a nota. O texto também destaca que os candidatos devem demonstrar de forma convincente sua elegibilidade e compromisso com os termos do visto solicitado.

A nova política amplia o cerco a estudantes estrangeiros em nome da segurança interna e reforça um movimento mais amplo dos EUA de limitar o ingresso de alunos internacionais em universidades renomadas, como Harvard e MIT. A medida tem gerado críticas em setores acadêmicos e entre defensores de políticas migratórias mais abertas.